A viúva de Jamelão, Delice Ferreira dos Santos, conhecida como Dona Didi, é a mais abalada no velório do marido, que está acontecendo na quadra da Mangueira. Casados há 58 anos, Dona Lili chorou muito quando o caixão com o corpo do marido chegou e precisou ser ambarada.
"Jamelão tinha três grande paixões na vida: a Mangueira, o Vasco e a neta Manoela. Ele sempre nos tratou com a mesma dedicação que tinha com a escola. É um grande baque para a família, mas, nesses últimos dois anos, estava sofrendo muito", disse.
O presidente-interino do Vasco, Eurico Miranda, chegou ao velório de Jamelão e logo estendeu uma bandeira do clube cruzmaltino, time do intérprete, sobre a bancada onde ficará o caixão do Mestre.
Em seguida, Eurico ressaltou a importância da contribuição do cantor para o samba e para o próprio Vasco.
"Ele era uma figura nacional. Era um dos vascaínos mais ilustres que existiam e um grande símbolo da nossa história. É uma grande perda para a cultura brasileira", disse.
O dirigente lembrou ainda que Jamelão era torcedor fanático e por isso recebeu uma homenagem do time após a conquista da Libertadores da América, em 1998, quando foi a primeira pessoa a receber uma camisa personalizada.