Vitor Roma, da "Mais Vasco", conta os planos para o marketing do Vasco

A chapa "Mais Vasco", uma das principais correntes de oposição ao atual presidente do clube, Alexandre Campello, estuda meios de aproveitar mais o torcedor de fora do Rio de Janeiro para conseguir novas receitas para o clube.

Em entrevista à Máquina do Esporte, o executivo Vitor Roma, que assumiria a pasta de marketing do clube, contou como o grupo iria trabalhar a comunicação da equipe caso vença o pleito, a ser realizado nas próximas semanas.

"A torcida está 70% fora do Rio, mas no sócio-torcedor, é apenas 30%, o que já é um número razoável, por esse torcedor não tem nem acesso a ingresso. Precisamos conhecer esse torcedor e testar. A Vasco TV tem que ser uma fomentadora de conteúdo 24 horas. Essa é a forma do Vasco se relacionar com quem não está aqui (Rio), quem não vai a São Januário. Tem a Vasco TV, aplicativo com conteúdo, programa de fidelidade", afirmou o executivo à reportagem.

A chapa "Mais Vasco" tem como um dos principais objetivos colocar o clube carioca entre os cinco maiores faturamentos entre equipes do Brasil. Na última temporada, mesmo com uma das maiores torcidas do país, a agremiação ficou apenas com o 11o lugar entre os mais ricos.

Vitor Roma acredita que, com o reposicionamento de preço dos patrocínios ao Vasco e com novas receitas geradas pelo marketing, como sócio-torcedor e licenciamento, o clube pode gerar R$ 100 milhões com a área. Na última temporada, marketing e comercial geraram R$ 19 milhões.

“O Vasco se posicionou muito mal no mercado nos últimos anos. O Vasco baixou o seu preço para poder ser inserido no mercado. Mas, na verdade, você só faz isso se for para atrair uma marca fantástica, em uma trajetória de médio prazo, que vai trabalhar ativação, envolvimento com a torcida. O Vasco fez isso com marcas muito aquém do clube”, afirmou.

Outra questão levantada pelo executivo que estaria abaixo do potencial de geração de receitas do Vasco é o trabalho com licenciados, com distribuição limitada de produtos e com poucas opções no mercado para o consumidor.

“O exemplo que eu dou para o torcedor vascaíno é o seguinte: entra na Netshoes e veja quantos produtos licenciados o Vasco tem e quantos os rivais têm. Na Netshoes, o Vasco tem a metade dos produtos do nosso principal rival”, explicou.

Para Roma, a falta de produtos é um exemplo do quanto que o departamento de marketing do clube precisa passar por um processo de profissionalização, com mais executivos. Com uma área mais robustas, o clube conseguiria trabalhar melhor outras propriedades comerciais, como sócios, TV oficial e os próprios licenciados.