Não foi apenas impressão. Na vitória por 3 a 2 sobre o Botafogo, domingo, no Engenhão, o Vasco exibiu a melhor atuação sob os conceitos do 'Ramonismo' e voltou ao G-4 do Brasileiro. Com a impressionante média de 0,78 gols por jogo, Germán Cano é o retrato do bom momento. No clássico, o camisa 14 mostrou outra faceta, além do conhecido faro. Mais solto, deu mais dinamismo e opção para receber a bola. A movimentação confundiu a marcação e forçou Paulo Autuori a abrir mão do esquema com três zagueiros ainda no primeiro tempo.
"Tenho respeito muito grande pelo adversário. É bem treinado, tem ótimos jogadores. A ideia de jogo deles é interessante, a gente estudou muito. Foi o primeiro jogo de três finais que vamos ter pela frente. Ganhamos o primeiro", avaliou Ramon.
No entanto, não foi a única lição do técnico no excelente duelo tático às vésperas de mais dois e decisivos clássicos pela Copa do Brasil, o primeiro na quinta-feira, às 19h, no Nilton Santos. Depois de três rodadas, o treinador voltou a contar com a zaga titular, testada e exigida no limite pelo ataque alvinegro. Cansado, Ricardo Graça, recuperado de covid-19, não jogou os 90 minutos, mas correspondeu. Assim como o capitão Leandro Castan, que é mais um importante reforço no duelo que vale R$ 2,6 milhões pela classificação para as oitavas de final.
No meio de campo, Ramon, especialista no setor, aplicou o maior nó tático em Autuori pelo posicionamento das peças. Fellipe Bastos e Marcos Júnior marcaram sem abrir mão de pisarem na área do Botafogo e foram fundamentais para Benítez reger o ritmo da equipe.
Os ajustes deram certo e beneficiaram o ataque. Talles teve um gol anulado, enquanto Ribamar, outra surpresa, Cano e Catatau marcaram.