Vitória do Vasco aumenta a freguesia tricolor

O Vasco tem sido a grande pedra no sapato do Fluminense. Já se vão quase três anos da última vitória tricolor sobre o cruz-maltino, em 25 de agosto de 2012. Desde então, os vascaínos puderam comemorar eliminações e até estragar a festa do maior reforço do Flu no período.

Após a vitória no returno de 2012 com o Fluminense já campeão brasileiro daquele ano, o Vasco pode comemorar duas eliminações sobre o rival. Em 2013 e 2014, jogos decisivos entre as duas equipes terminaram amargos para os tricolores e doces para os vascaínos.

Em 2013, o Fluminense, então campeão brasileiro, sucumbiu ao Vasco no Engenhão. A semifinal da Taça Guanabara parecia mais uma épica vitória tricolor, de virada, até que Romário (não o Baixinho, mas o genérico) e Dedé, aos 40 e 42 do segundo tempo, viraram a partida e colocaram o Cruz-Maltino na final.

Naquele mesmo ano, o Gigante da Colina venceria o rival mais duas vezes pelo Brasileirão. Os dois, ao fim do Campeonato, terminariam rebaixados, mas o Flu, salvo por erro jurídico da Portuguesa, ficou na Série A.

Já no ano seguinte, dois empates por 1 a 1 ajudaram a manter a escrita. Com uma boa equipe, 2014 parecia o ano do Flu quebrar o tabu e espantar o fantasma do rival. Mas a semifinal do Carioca, que tinha o Tricolor como favorito, terminou mais uma vez com vitória vascaína: 1 a 0, gol de Edmílson. Mais uma vez, o Fluminense era eliminado pelo Vasco.

Em 2015, a derrota na Taça Guanabara não foi um pesadelo para o Flu, em má fase com Cristóvão. O gol de pênalti de Luan colocou o Vasco no G4, na campanha do título carioca do cruz-maltino após 12 anos (o último, em 2003, havia sido sobre o Fluminense).

Talvez a grande resposta do Flu tenha vindo nos bastidores. As vitórias na polêmica sobre o lado direito das cabines de rádio do Maracanã e na concorrência para a contratação de Ronaldinho serviram para inflar o ego tricolor.

A apresentação do craque, marcada para o clássico com a torcida do clube das Laranjeiras no lado direito seriam um golpe duro no rival. Seria a chance de evitar que a escrita chegasse aos dois dígitos. Não passaria dali. Mas a festa marcada para o dia acabou estragada. E o Flu completou dez jogos de freguesia.

Ronaldinho, para começar, se atrasou. Parecia um prenúncio. O forte time do Fluminense, que assumiria a liderança em caso de vitória, começou bem o jogo, mas não aproveitou as chances. O Vasco chutou uma bola no gol e marcou, com Andrezinho. Na segunda etapa, empate do Flu com Marcos Junior e parecia a hora da virada. Parecia. É o rival quem sempre teve o estigma da reviravolta. Jhon Cley, um herói improvável, acertou um foguete de fora da área e colocou água no chope tricolor.

Pela décima vez, o Vasco saía de campo sem ser derrotado pelo Fluminense, aumentando a freguesia tricolor.