Felipe é sinônimo de títulos em São Januário. No elenco, ninguém conquistou tanto com a camisa vascaína. Foram dois Brasileiros (1997 e 2000), uma Libertadores (98), um Carioca (98), um Rio-São Paulo (99) e uma Copa Mercosul (2000). Aos 33 anos, se por um lado a idade freou as arrancadas, por outro trouxe maturidade que faltou em épocas passadas. Hoje, ele comanda o time contra o Olaria, às 16h, no Moacyrzão.
Com 297 jogos pelo clube, o meia serve como um escudo do grupo, defendendo o time das críticas, pedindo desculpas quando necessário e ajudando os mais jovens, sem perder a categoria dentro de campo.
Ele é muito na dele afirmou o técnico Andrade, atualmente sem clube, que trabalhou com o jogador no Flamengo em 2004: É um cara com mais experiência. Já viveu muito o que estes garotos ainda vão passar. É referência no elenco. Ele pode ajudar muito. É um segundo treinador, só que dentro de campo.
O técnico Ricardo Gomes acha que o camisa 6 recuperou a alegria de jogar após um início de ano difícil.
Estou gostando do Felipe em campo. Ele e o grupo estão atuando com alegria, entusiasmo. A gente resgatou isso. O pessoal chega feliz para trabalhar.
Um problema mal resolvido teria outro fim anos atrás. Depois de ser afastado, apontado como um dos culpados pela má fase vascaína no início do ano, o jogador teve calma, esperou a poeira baixar e conversou com o presidente Dinamite. Bem diferente do jogador estourado de outras épocas. Maturidade que veio em cinco anos de Catar.
Amigo dos jogadores da base, Felipe divide quarto com Allan. Para o volante, que vem sendo improvisado na lateral direita, é um sonho poder conviver com o ídolo da sua infância.
Estou vivendo o sonho de qualquer moleque. Via o Felipe jogando na televisão e parava para ver, independente de qual jogo fosse. Hoje somos companheiros de quarto e muito amigos concluiu Allan, de 20 anos, sem esconder a admiração.