Salários atrasados, greve de silêncio, parceria que não chega nunca, desfalques aos montes, futebol medíocre. O Paulista vive um momento delicado e, hoje, corre o risco de chegar ao fundo do poço: uma derrota para o Vila Nova, às 20h30, em Goiânia, combinada à outros resultados, pode empurrar o Galo para a vexatória lanterna do Brasileiro da Série B.
Na sexta-feira, com o dinheiro recebido da Federação Paulista de Futebol (FPF), como antecipação da cota de participação no Campeonato Estadual do ano que vem, parte dos salários atrasados foram pagos e os jogadores voltaram a falar com a imprensa.
Junto com a voz, porém, não voltou o futebol. Embora o campeonato esteja ainda na nona rodada, o torcedor jundiaiense já \"jogou a toalha\". E não é para menos, já que, aparentemente, não há nenhuma perspectiva de melhora.
Não bastasse o Paulista ter um time fraco, que decepciona mais e mais a cada rodada, o clube ainda vive gravíssima crise financeira, confirmando que não ensaiará muito para negociar os principais jogadores.
Foi assim com o centroavante Neto Baiano, artilheiro do time na temporada, que deixou o Jaime Cintra por menos de R$ 80 mil. Será assim com Amaral, que só espera o intervalo da Copa do Mundo para seguir para o Vasco da Gama.
Para piorar, os jogadores contratados como reforços, em sua maioria, não corresponderam. Ou, o que dizer dos desempenhos de Guaru e Dauri?
À espera de uma parceria anunciada como a oitava maravilha do mundo, mas que nunca vem (a promessa, que era para abril, passou para maio, junho, julho e, agora, agosto), a diretoria parece não saber mais o que fazer para salvar o time.
Hoje, uma derrota em Goiânia deve levar o time à zona de rebaixamento.