O episódio da cusparada de Bruno Silva em direção a torcedores do Vasco no último clássico, em Brasília, ecoou no CT do Fluminense. Nesta quinta-feira, o volante conversou com os jornalistas no CT e deu sua versão sobre o episódio. Afirmou reconheceu o erro, disse que estava "de cabeça quente" e pediu desculpas pela atitude. Por outro lado, disse ter sido ofendido e cuspido e afirmou que o torcedor brasileiro também precisa melhorar o comportamento.
- Foi um caso que a torcida do Vasco estava me ofendendo, xingando. Eu, de cabeça quente, reconheço que errei e peço desculpas. Mas não justifica. Acho que a torcida brasileira tem que ter esse respeito. Eu estava saindo do campo e cuspiram, pegou no meu rosto. E toda ação gera uma reação. Eu fiz na hora de cabeça quente. Sei que tenho minha culpa, mas a torcida tem que ter esse respeito também. Não é só chegar ali e xingar, ofender e sair como coitadinha não. Eles provocaram. Toda ação gera uma reação. Peço desculpas, mas isso tem que partir das duas partes - afirmou o jogador.
Bruno Silva foi denunciado pelo TJD-RJ nos artigos 258 (ação contrário à ética desportiva) e 254-B (cuspir em outrem) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Neste caso, a punição seria cumulativa, podendo chegar até 18 jogos. Como o julgamento só deve ocorrer na próxima semana, Bruno Silva está liberado para entrar em campo contra o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara neste sábado, às 19h (de Brasília), no Maracanã.
O volante, aliás, foi um dos personagens principais do clássico contra o Vasco. No começo da partida, ele teve a camisa puxada pelo lateral cruz-maltino Danilo Barcelos dentro da área, mas a arbitragem marcou falta de ataque e não sinalizou o pênalti. Sobre este lance, Bruno Silva preferiu não comentar:
- Falei hoje que não ia mais falar de arbitragem. Não deu o pênalti, não tem como voltar. Foi pênalti, porque o lateral me puxou, mas como não tem mais como voltar, já passou, vamos seguir em frente porque tem muitas coisas boas para acontecer conosco aí no ano - declarou.