Criatividade e flexibilidade. É com esse mote que o Vasco vai procurar diversificar receitas para compensar o cenário ruim na busca por patrocínios para 2016. Após rescindir com a Viton e se distanciar de renovação com a Caixa, a diretoria cruz-maltina busca novas formas de ganhar dinheiro. Além do programa de sócio-torcedor, grande esperança do ano, o clube aceita conversar com adversários para disputar partidas fora do Rio de Janeiro, desde que o mando de campo seja rival.
A intenção vale já para o Campeonato Carioca e, na sequência, para a Série B. No início da semana, o presidente Eurico Miranda reclamou da postura da Federação de Futebol do Rio de Janeiro e avisou que o clássico contra o Flamengo, de mando rubro-negro, será em Brasília. Clubes pequenos que queiram levar as partidas para outro estado terão as portas abertas; o Vasco, porém, seguirá mandando seus jogos em São Januário.
- O Vasco não vai se prejudicar. Se a Federação acha que pode... Quando tiramos o jogo do Rio, criamos uma receita nova, um recurso que não ganharíamos aqui. (Jogo fora do Rio) tem cota garantida, passagem, hotel, economiza concentração. Vamos tentando compensar as perdas de várias maneiras para sobreviver num período difícil. Isso está na pauta. Se o mando de campo for do adversário e ele oferecer um negócio bom... Não vamos procurar, mas se o cara quiser vender jogo do Vasco, a gente vende – explicou o vice-presidente de marketing do Vasco, Marco Antônio Monteiro.
Pouco mais de uma semana após rescindir contrato com a Viton 44, o Vasco se lançou ao mercado em busca de novos parceiros. As conversas ainda são preliminares, mas há uma certeza: a situação é difícil. As perspectivas a curto prazo são complicadas. Patrocínios eventuais, para jogos específicos, estão sendo estudados.
- Já estamos em busca, conversando com algumas empresas. O mercado está muito ruim, é um momento difícil. As grandes empresas deram uma recuada forte no investimento geral. Mas não é bicho de sete cabeças: já vivemos muito tempo sem patrocínio, já fomos campeões sem patrocínio. A questão é que o mercado não está normal, nem para nós nem para os outros clubes - completou Monteiro.