A sangria na diretoria do Vasco passa batida por Pedro Seixas. É o que afirmou o vice-presidente de obras, que acumula também a de patrimônio, e que toca os dois projetos mais importantes do clube: a construção do centro de treinamento e a reforma de São Januário.
O dirigente, ao lado de João Marcos Amorim e Adriano Mendes, formava a principal base de sustentação administrativa de Alexandre Campello. O primeiro abriu mão do cargo de vice de finanças. O segundo aguarda a entrada do dinheiro do Banco BMG para pagamento de salários para anunciar a saída da vice-presidência de controladoria. Restou Seixas ao lado do presidente. E, segundo ele, continuará assim.
A proximidade do grupo "Desenvolve Vasco", de Mendes, cresceu com o convívio. Mas a ideia de continuar em São Januário se dá por um motivo simples:
- Não entrei por vias políticas. Sou técnico. Eu estava em contato com Adriano e João, sabia mais ou menos do que poderia acontecer. Confirmando a saída deles, é claro que gera um impacto na gestão.
Segue a vida e o acompanhamento das obras do centro de treinamento. A ideia do Vasco é levar o futebol profissional para lá no segundo semestre, um trunfo nas mãos de Alexandre Campello para tentar a reeleição.
Desde que Rodrigo Saavedra deixou a vice-presidência de patrimônio, ao ser citado na Operação Lava-Jato, Pedro Seixas cuida também da manutenção da infraestrutura do clube, o que inclui os cuidados com o gramado de São Januário. O campo de jogo terminou 2019 sendo alvo de críticas. Segundo Seixas, ele está sendo tratado para a estreia do Vasco no Estadual, domingo, contra o Bangu.
- Estamos fazendo melhorias junto ao corpo técnico do Campeonato Estadual. O gramado demandaria uma troca, mas optamos por não fazer porque teremos só mais este ano e depois vamos parar de jogar em São Januário por causa da reforma do estádio.
Na cabeça do dirigente, o cronograma segue o mesmo, com ou sem crise na gestão: 2020 será o ano de o Vasco dar sequência à documentação necessária, finalizando a formatação do fundo de investimento que deve bancar a obra. A redução da taxa de juros deve beneficiar o surgimento de investidores. Ano que vem as obras em São Januário teriam início:
- A minha cabeça não funciona pela via política, tudo está dentro do plano que traçamos.