Um dos mais experientes do elenco do Vasco e com jogos disputados em grandes altitudes no currículo, o meia Wagner sabe que o duelo da volta contra o Jorge Wilstermann não é uma partida comum. O duelo pela Libertadores será em Sucre, a 2.800 metros, e o jogador acredita que o time precisa se adaptar ao que o confronto exige. Até malandragem.
Para Wagner, a inteligência será fundamental para o Vasco não tomar sustos. E isso passa por não "correr errado" e dosar o fôlego.
- Tem que saber o momento certo de atacar, de recompor, de dar o pique... Não pode ir em bola errada. Nosso adversário está acostumado, vão entrar de uma forma forte para atacar. Precisamos ser calculistas. Sair só na hora de fazer o gol. É só aplicarmos o que treinamos que vamos sair com a classificação - disse.
Parte da estratégia é utilizar os momentos em que o jogo é parado pelo árbitro e ganhar uns preciosos segundos a mais para o corpo descansar.
- Tem que ter (malandragem). Jogar o jogo quando estivermos com a bola. Se sofrermos uma falta, descansar todos os segundos que forem possíveis conseguir. Isso faz a diferença. Alguns vão jogar pela primeira vez na altitude, e cada um tem uma reação. Temos que usar a malandragem brasileira.
A estratégia montada pelo clube de fazer a preparação em Santa Cruz de la Sierra, quase no nível do mar, e viajar para Sucre apenas no dia da partida é a mais acertada, na visão de Wagner. Ele já teve uma experiência em Potosí, a 4.000 metros de altitude, quando defendia o Cruzeiro.
- Muda a batida, a bola chega com mais velocidade. Quando corremos, a quantidade de oxigênio que vai para o cérebro é menor, e alguns vão sentir tonteira. Em outras oportunidades, como em Potosí, eu cheguei quatro, cinco dias antes. Não foi bom. Quanto mais tempo, mais sente. A tática de ficar o menor tempo possível minimiza o desgaste.