Futebol

Wágner Diniz volta a ser peça-chave no Vasco e garante que não vai parar de

Contra-ataque do Vasco pela direita. A bola é lançada para o camisa 2, que, como um míssil, entra na área adversária e dá duas opções ao marcador: deixá-lo marcar o gol ou cometer um pênalti. A torcida vascaína estava com saudades das peripécias de Wagner Diniz no campo e, contra o Fluminense, ele voltou dando o melhor de si, marcando até o gol que decidiu o clássico do domingo passado.

Muitos nem acreditavam que o lateral-direito voltaria a jogar pelo Vasco neste ano. Ausente da equipe há mais de um mês, após sofrer uma pancada no joelho direito na partida contra o Cruzeiro, Diniz provou que estava errado quem coocou em dúvida seu retorno. No primeiro jogo como titular,Wagner Diniz marcou o gol da vitória e sofreu um pênalti claro não marcado por Carlos Eugênio Simon.

As penalidades, aliás, marcam a passagem de Diniz pelo Vasco. Ao todo, já foram 16 sofridos com a camisa do clube desde 2005, quando chegou a São Januário, ainda tímido. Mas o perfil mais introvertido é deixado de lado para dar o aviso de que as subidas ao ataque vão continuar. Azar de quem interpretar simulações quando ele for derrubado.

– Meu modo de jogar é atacando e não vai mudar. Se pensarem de outra forma, não posso fazer nada. Vou continuar e não vou parar esse meu ímpeto de partir para cima – afirmou o lateral-direito cruzmaltino.

Contra o Fluminense, não foi difícil ver Junior Cesar, o lateral-esquerdo tricolor, correr desesperadamente atrás de um Wagner Diniz que voava rumo à lateral direita e dava trabalho. Fruto do pensamento do técnico Renato Gaúcho, que deu liberdade ao camisa 2 para atacar a defesa tricolor sem medo. E, com isso, o fez renascer das cinzas diante de uma torcida que foi ao delírio.

– Fui facilitado porque todo o time pegou muito e tive liberdade. Agora, cada jogo será uma luta e estou pronto – afirmou o lateral-direito.

Desde 2005 no Vasco, Diniz já sofreu 16 penalidades enquanto esteve em campo defendendo o Cruzmaltino

Há algum tempo duas coisas não eram tão marcantes no Vasco: o apoio incondicional da torcida e a garra dos jogadores dentro de campo. É difícil dizer o que veio primeiro, o certo é que, a cinco partidas do fim do Campeonato Brasileiro, a gana pelas vitórias é o principal motivo de esperança dos torcedores vascaínos. A união entre time e torcida tem sido marcante. Os últimos quatro jogos do Vasco em São Januário, contra Cruzeiro, Náutico, Figueirense e Atlético Paranaense, contaram com o estádio lotado. Após a vitória sobre o Fluminense, domingo passado, os vascaínos do lado de dentro e os do lado de fora do gramado comemoraram como se fosse a conquista de um título. – Não sei dizer se o Vasco é o time com mais vontade no Brasileirão, mas sei que estamos trabalhando muito. É o que a torcida quer. Ela cobra muita garra, determinação, o que está tendo.

É por isso que a torcida tem ido aos jogos. Cada um corre muito, dá o melhor de si, e isso a contagia – explicou o apoiador Madson.

O jogador tem sido um dos símbolos dacomunhão entre as partes que compartilham do mesmo desejo, o de ver o Vasco fora da zona do rebaixamento. Madson acredita que isso só será possível se o time permanecer com a postura dos últimos jogos. O apoiador admite que o segredo para a ascensão vascaína – foram sete pontos conquistados de nove em disputa – tem sido a garra dos jogadores em campo, acima de qualquer limitação técnica.

– O Vasco vive uma situação muito difícil no Brasileiro e buscamos sempre o melhor. Nós nos conscientizamos de que uma maneira de rendermos mais pode ser o jogo na base da raça. Se não for na técnica, temos que buscar as vitórias na vontade – concluiu.

Assédio do São Paulo é barreira para a renovação
Destacado como um dos laterais mais eficientes do Brasil, Wagner Diniz sofre forte assédio do São Paulo.

Informações dão conta até de que o jogador já teria fechado acordo com o atual líder do Campeonato Brasileiro para a próxima temporada. Nas bases encaminhadas, Diniz receberia R$ 120 mil/mês por três anos de contrato com os são-paulinos.

Tanto o lateral quanto o Vasco negam a informação. O fato é que Wagner Diniz tem seu vínculo atual com o clube cruzmaltino encerrado no final do ano, o que possibilita ao jogador já deixar traçado o seu caminho em 2009. Pelo seu lado, o Vasco garante querer conversar sobre uma renovação com o atleta.

– Todos os jogadores já foram contactados, mas não é o melhor momento para falar sobre isso – limitouse a dizer o presidente do clube cruzmaltino, Roberto Dinamite.

Além de São Paulo, Corinthians e até Palmeiras estariam interessados no jogador. A favor do Timão, o lobby de Morais, seu melhor amigo nos tempos de Vasco. Para o Palmeiras, o fato de poder trabalhar com Vanderlei Luxemburgo. Mas Wagner ignora os comentários de futuro.

– Falavam muita coisa, mas ainda bem que consegui voltar – afirmou.

Confira bate-bola com Wágner Diniz

Seu gol contra o Fluminense foi importante na luta contra o rebaixamento. O que representa ficar na 1ª Divisão?
Representa muito. Cada jogo é uma luta grande e, ponto a ponto, temos de correr atrás.

Há tempos você estava fora do time. Você se lembra quando havia sido seu último gol?
Foi contra o Atlético-MG. Fiz até dois gols. Mas o gol contra o Fluminense foi importante.

Há tempos você estava fora da equipe e até foi cogitada a hipótese de você estar fazendo corpo mole. O que você acha a respeito disso?
Esse gol foi importante para que todos vejam minha dedicação, meu esforço para voltar ao time. Eu estava chateado, fora da equipe e muita gente falava muita coisa. Ainda bem que voltei para ajudar o time.

Fonte: Lance
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