Para a torcida, ver Wendel em campo é normal. Afinal, ele disputou 92% das partidas possíveis desde que chegou ao Vasco, há oito meses. No entanto, nos dois últimos jogos, os torcedores puderam ver o volante em sua forma plena. Atuando na posição onde diz sentir-se mais confortável, ele foi o garçom da partida contra o Audax, dando os passes para os gols da vitória por 2 a 0, no último domingo.
Wendel mostra que está tudo relacionado. Depois de atuar como lateral-esquerdo nos cinco primeiros jogos oficiais de 2013, ele foi deslocado pelo técnico Gaúcho para ser o segundo volante, pelo lado esquerdo, contra Fluminense e Audax. O desempenho no último domingo foi mais um capítulo de uma trajetória de 36 jogos, sendo que apenas um começando no banco de reservas. Além disso, em apenas três oportunidades ele desfalcou o Vasco: duas por suspensão e outra na última partida do Brasileirão do ano passado, quando o treinador escalou o time reserva.
- Quero sempre ajudar, seja onde for. Mas essa é a minha posição de origem. Então, claro que me sinto muito confortável. É onde fui campeão no Cruzeiro, em 2003, onde joguei no Santos e na França. Esses números representam minha carreira. Sempre mostrei seriedade, dedicação e comprometimento com os clubes que defendi. Tenho quase 15 anos de profissional e só tive duas lesões mais complicadas. Mesmo assim, somando o tempo de recuperação, elas não chegaram a 30 dias. No Vasco, se fiquei fora de quatro treinos foi muito - disse. Segundo ele, esse mesmo espírito tem movido jogadores e funcionários do Vasco neste início de temporada, no qual os problemas externos têm sido muitos, mas Wendel lembra que são superados com muito trabalho no dia a dia.
- Mesmo quando ficamos com três meses de salários atrasados, ninguém relaxou e manteve o comprometimento a mil por cento. Não são todos os que ficariam no clube na situação de poucos dias atrás. Nestes oito meses de Vasco, me impressionou o fato de os funcionários estarem sempre de bom humor. Estou contente por ver tantas pessoas que querem o bem do clube - destacou.
E para se manter como presença frequente no Vasco, Wendel afirma que, próximo de completar 31 anos, começa a se preocupar ainda mais com os cuidados com o corpo.
- Agora na casa dos 30 anos, fico mais preocupado com alimentação e tomo vitaminas que ajudam na recuperação depois dos jogos. No dia a dia, procuro sempre acatar a orientação dos fisiologistas do clube. Quero fazer o possível para estender a carreira ao máximo mantendo o nível alto.
Vasco
2
Cuiabá
1
