Quarta-feira, na véspera da morte, Wendel viu pela primeira vez a torcida do Vasco de perto. E emocionou-se. Ele não foi ao jogo contra o Nacional, pela Libertadores, mas acompanhou a chegada da torcida e ouviu os gritos da casa onde parava, na Rua Ferreira de Araújo, a 50 metros do estádio.
Ele ficou contagiado com os gritos da torcida. Ficou ainda mais empolgado para o teste do outro dia disse a mulher que o abrigou.
Ele amanheceu empolgado na quinta. Atacante de dribles rápidos, o menino prometeu aos colegas que passaria nos testes que terminariam nesta sexta. Queria dar a boa notícia aos pais, que ficaram na vila Santa Terezinha, uma região pobre de São João de Nepomuceno (MG).
Destaque no time do projeto da Prefeitura da cidade, coordenado por Ayupe, Wendel chegou ao Rio com outros três garotos. Na segunda-feira, quando conversou com o amigo Matheus Luiz, falou sobre a oportunidade.
Ele disse que estava esperançoso demais com a chance. Já haviam gostado dele. Estava com bastante esperança que ficaria disse Matheus, que colocou fotos no Facebook em homenagem ao amigo.