Quando faltavam cinco minutos para o início da partida, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, entrou na tribuna da imprensa. De camisa amarela, calça jeans e tênis branco de corrida, sentou perto do filho Rodrigo.
Durante os primeiros 45 minutos, não se levantou nenhuma vez. Através de um assessor, sentado ao lado, ficava sabendo dos resultados dos outros jogos. No primeiro gol do Vitória, nenhuma reação. Com o fim do primeiro tempo, desceu para o bar e falou com alguns torcedores. Eu continuo acreditando. Ainda dá para virar, afirmou, confiante. Uma vascaína se aproximou e deu-lhe um terço: Foi de um vascaino, uma criança com problemas de saúde.
O segundo tempo foi mais tenso. Com o segundo gol marcado pelo Vitória, Roberto passou a ser xingado por alguns torcedores. Um mais exaltado chegou a dizer, revoltado, que iria matá-lo. No entanto, a grande maioria continuava a apoiá-lo.
No fim da partida, com um sorriso amarelo, ele se levantou, e foi embora. Preferiu o silêncio. Marcou uma entrevista para hoje, às 15h, em São Januário, para explicar os rumos do clube após a queda para a Série B.