"Jogo perfeito". Foi assim que o zagueiro Rodrigo classificou a vitória do Vasco por 2 a 0 sobre o líder Joinville, nesta sexta-feira, em São Januário – com o resultado, a equipe cruz-maltina chegou aos mesmos 47 pontos dos catarinenses, mas perde no número de vitórias (12 contra 14 do adversário). A definição do camisa 3 casa com a segurança e facilidade do Gigante da Colina para chegar ao resultado, apesar do futebol pouco vistoso apresentado – até mesmo a principal figura vascaína no jogo, o garoto Thalles, desafinou no início do segundo tempo.
FEZ O JEC DANÇAR
Thalles foi de longe o destaque na Colina. Lançou mão de sua força física para ganhar no corpo de dois adversários e de muita inteligência ao eleger o momento ideal para adiantar a bola a Diego Renan, autor do cruzamento que resultou no gol de Dakson, o primeiro do jogo. No segundo tempo, bem posicionado dentro da área adversária, apareceu como um raio para cabecear na rede de Ivan. Festejou bem ao estilo de Balotelli, italiano que inspira o apelido Balothalles.
DESAFINOU
Mas antes de dar números finais ao duelo na Colina, Thalles protagonizou lance bem feio. Ao receber pela ponta esquerda de ataque, resolveu arriscar de longe e mandou perto da bandeirinha de escanteio. A bola saiu pela lateral, em lance que irritou a maioria dos 7.917 presentes a São Januário. No fim do jogo, confiante, voltou a arrematar de longe, mas desta vez mandou no gol. Bem colocado, Ivan encaixou.
DOUGLAS ERRA MUITO
Douglas é dos jogadores que a torcida vascaína mais gosta. Principal articulador de jogadas do time, todavia não teve noite feliz. Terminou o jogo como líder em erros de passes: 10, mesmo número que carrega às costas. É bem verdade que algumas destas falhas se deram em tentativas de lances mais rebuscados, porém em outros pecou por displicência. Vale frisar: o meia foi o segundo jogador que mais deu passes na partida (48), sendo superado apenas por Marlon (54). O lateral, aliás, foi quem mais acertou nesse quesito: 49 vezes.
A FORRA DE DOUGLAS
Se não teve participação decisiva no jogo, Douglas foi o responsável pelo drible mais refinado. Já no fim, aplicou caneta desmoralizante em Naldo. Pouco antes, Guiñazu, useiro e vezeiro em destruir jogadas, surpreendeu com pisada na bola que deixou Hugo e Eduardo Ramos na saudade. As belas tramas da dupla encerraram a jornada que fez os vascaínos deixarem São Januário com um largo sorriso no rosto.