Depois de vencer o Brusque por 2 a 0 na noite desta quinta-feira, resultado que coloca o Vasco ao menos por enquanto na vice-liderança da Série B do Brasileirão, Zé Ricardo se disse bastante satisfeito com a atuação da equipe em São Januário. O treinador, tão criticado até pouco tempo, enxerga "uma química muito legal" entre os jogadores.
Zé destacou a importância do resultado principalmente por causa da sequência do Vasco, que enfrenta Grêmio, Náutico e Cruzeiro nos próximos três jogos na competição.
- Vitória é fundamental para a gente. Fazendo uma análise em blocos de três em três jogos, temos uma sequência bem dura. Grêmio e Cruzeiro em casa e o Náutico fora. Sabia que fazer os três pontos e casa era fundamental para partir para a sequência. O grupo tem demonstrado tudo aquilo que sabemos, uma química muito legal. Isso é um ponto de partida do nosso trabalho - disse o comandante cruz-maltino.
- Acho que tivemos um primeiro tempo onde algumas coisas que imaginávamos não aconteceram. Equipe do Brusque veio de uma forma bem corajosa, apostando nas bolas longas e atraindo nossos dois meias. Até os 30, 35 minutos, o jogo estava num nível mais equilibrado. Já no segundo tempo fomos mais consistentes, principalmente depois das trocas. Acho que a vitória foi merecida - acrescentou.
Depois de tanta expectativa, Palacios finalmente fez sua estreia como titular, mas não brilhou. Diferente das vezes em que entrou no segundo tempo, o chileno atuou na ponta nesta quinta. Zé Ricardo explicou o que pensava:
- Já comentamos em coletivas anteriores que havia a possibilidade deles (Nenê e Palacios) jogarem juntos, mas dependia de treinos, de jogos e de repetição. A nossa ideia era fazer o Palacios partir de fora para dentro, a gente tinha a entrada do Weverton no lugar do Gabriel Dias, que dá mais profundidade. Fazendo uma cobertura com o Yuri ou com o Andrey, e fazer o Palacios se aproximar do Nenê, junto com o Raniel, ter um triângulo com uma capacidade técnica boa. O nosso problema foi que não conseguimos ter tempo para fazer isso - detalhou o treinador.
"A gente foi um pouco ansioso, talvez pela energia que colocamos no início da partida, sabíamos que era um jogo importante, mas, nas poucas vezes que esse desenho aconteceu, tivemos boas oportunidades. Vi um desenho positivo, mas foi só a primeira vez dos dois juntos", completou.
- Tem a questão física também, né. O Raniel, essa semana, ficou de fora de algumas sessões de trabalho. O Nenê também já é um jogador de 40 anos, com toda a sua capacidade que decidiu para gente, e o Palacios que está se recuperando. Isso acabou fazendo com que as coisas não saíssem como a gente desenhou. No segundo tempo, a gente conseguiu dar uma equilibrada com a entrada do Figueiredo e Getúlio, uma pena o Getúlio ter se sentido mal durante a partida. O John Sánchez também fez um bom trabalho. É importante a gente mostrar a força do grupo. Não temos 11 titulares, apenas aqueles que entram representam todo nosso grupo - concluiu.