A estreia do Vasco na série B frustrou os 17.251 torcedores que lotaram São Januário para incentivar a equipe. Mesmo com a casa cheia, o time jogou mal e ficou só no empate em 1 a 1 contra o Vila Nova. O Vasco abriu o marcador com Raniel, mas viu Arthur Rezende deixar tudo igual minutos depois. O apoio da torcida se transformou em protesto e o time deixou o campo sob críticas.
Na coletiva, o técnico Zé Ricardo foi perguntado sobre o tema e falou sobre o que a equipe esperava para a partida, sabendo que a estreia seria com a casa cheia:
- Decepção é a palavra, certamente todos esperávamos mais, o clima que foi criado para essa partida era bom, principalmente sabendo que os ingresso estavam esgotados, criou-se uma expectativa para fazermos um bom jogo, sair daqui com o resultado. O jogo era em casa, precisávamos dos três pontos, série B é complicada, em casa precisamos confirmar. Começamos bem a partida, conseguimos fazer o gol mas levamos o empate em seguida, e isso tirou um pouco o nosso equilíbrio. A pressão aumenta conforme o tempo vai passando, mas temos que entender que a estreia tem alguns fatores que acabam pesando. Mas certamente precisamos trabalhar mais para, em Maceió, no próximo jogo, recuperarmos os pontos que deixamos aqui.
O técnico também comentou sobre a reação de Nenê ao ser substituído na metade do segundo tempo. O capitão do time saiu irritado e jogou a braçadeira no chão. Zé Ricardo evitou criar polêmica sobre o assunto e afirmou que é ele quem manda na equipe:
- A gente não teve conversa depois do jogo. No vestiário, só fizemos a roda. Não tive conversa. Cabeça quente. Não foi a primeira vez que o Nenê fez isso, em outros clubes ele também já fez. Ele quer jogar o tempo todo. É nossa referência. Naquele momento, entendi que o primeiro volante do Vila Nova estava tendo facilidade para jogar. O Vasco não conseguia com ele ou com o Raniel fechar as diagonais. Não estávamos conseguindo pressionar a saída de bola do adversário. Então eu entendia sangue novo poderia resolver. Tanto Getúlio, quanto Figueiredo poderiam fazer essas funções, sem deixarmos de ser agressivos, de ter presença na área. Essa foi a decisão. Entendo que foi uma reação de quem desejava estar em campo. Não vou polemizar, até porque não conversamos. Isso a gente resolve internamente. Se tiver de tomar alguma decisão diferente, eu tomarei. Enquanto eu estiver à frente do Vasco, sou a voz que decide. A minha decisão é sempre pelo bem do Vasco.