A 777 Partners, empresa que até o final deste mês estará assumindo o controle do futebol vascaíno, espera escolher nos próximos dias o nome do executivo do board diretivo que controlará a pasta.
Com as dificuldades encontradas para ter Rodrigo Caetano num modelo de gestão descentralizado (falo sobre isso mais adiante), os americanos tentam viabilizar um acordo com Juninho Pernambucano.
O ídolo vascaíno, com formação pela Uefa e passagem pelo Lyon, da França, já tem conversas iniciais e fecharia a montagem do escalão que dará vida ao projeto Vasco idealizado pela empresa norte-americana.
Na semana passada, Juninho quitou pendências profissionais que ainda o prendiam aos franceses e optou pela volta ao Brasil onde desembarca este mês.
Ficará até decidir os rumos da carreira, pois tem ofertas de clubes turco e japonês.
Já acertou presença no time comentaristas da francesa RMC TV na Copa do Catar e recebeu sondagens de John Textor, agora majoritário nas ações do Lyon, que queria mantê-lo no clube.
Não houve acordo. Juninho foi um dos criadores da Academia Pelé, projeto financiado pelo Lyon e implantado no Resende, parceiro do Botafogo.
O projeto da 777 para o futebol do Vasco seguirá a linha global do grupo que controla o Genoa, da Itália, e o Standard Liége, da Bélgica.
Por ser minoritário, o Sevilla, da Espanha, não tem gestão da empresa de Joshua Wonder, que, aliás, está para comprar o Red Star FC, da França.
A SAF-Vasco terá um diretor de futebol, cargo que será oferecido a Juninho, mas as decisões serão tomadas pelo colegiado formado pelo próprio Wonder, pelo head esportivo da 777, Don Dransfield, ex-diretor estratégico do Grupo City, e por Mladen Sornaz, ex head da análise e desempenho do Leceister.
O CEO da SAF vascaína será o executivo Luís Mello, responsável pelo trato com os americanos desde o início das negociações.
Pelo que fui informado, é ele, por enquanto, que intermedia o processo de transição e as conversas para a chegada do diretor que comandará o futebol em co-gestão com os executivos da 777 Partners.
Ou seja: autonomia limitada, com decisões colegiadas, modelo que não seduziu Rodrigo Caetano já nas primeiras sondagens.
Como o executivo identificado com o clube tem renovação encaminhada com o Atlético-MG, Juninho voltou à pauta.
Lembrando que o "reizinho" já havia sido contactado no início do ano pelos próprios dirigentes do Vasco.
Antes da efetivação de Carlos Brazil como executivo de futebol, Jorge Salgado e o vice de finanças Adriano Mendes conversaram com um representante de Juninho e tentando convencê-lo a ocupar o cargo.
Como ainda precisava cumprir tarefas pessoais e profissionais na Europa o ídolo vascaíno declinou do convite.