No estacionamento de São Januário, Rose, a esposa de Abedi, admitiu que o marido vai aceitar a proposta do Hapoel Tel-Aviv, de Israel. Segundo ela, falta apenas acertar a parte burocrática para resolver a situação. Resumindo, o time israelense cumprir tudo o que foi prometido.
Até lá, Abedi não vai anunciar a sua saída do Vasco. O meia vai esperar estar tudo concretizado no contrato para dar o adeus. Nesta terça-feira, o meia já treinou entre os reservas, o que deu uma pista sobre o futuro do jogador. Titular absoluto de Celso Roth, Abedi faz um trabalho de finalização com os reservas enquanto os titulares realizavam um treino tático com o treinador. Marcelinho estava no lugar do camisa 8.
A proposta do Hapoel Tel-Aviv é tentadora. A chance de um tratamento especializado para o filho Róbson, de seis anos, que não consegue andar, também. O que estava pesando na decisão de Abedi era o fato de Israel estar sempre envolvido com problemas políticos e em meio a ataques terroristas.
- Lógico que é difícil trabalhar assim. É a situação do futebol brasileiro. Mas não deixa de ser uma dificuldade para o nosso trabalho. Tenho que administrar isso. A situação dele está se encaminhando para ter uma definição hoje ou amanhã. Mas fui contratado para trabalhar com esses problemas - disse Celso Roth.
O Vasco, que deve receber cerca de R$ 2 milhões na transação, concorda em liberar o meia antes do fim de seu contrato, que terminaria em dezembro. Na Colina desde 2005, Abedi fez 114 partidas oficiais pelo clube e marcou 23 gols.
Abedi será o segundo titular que o Vasco vai perder em menos de uma semana. No sábado do dia 23, o atacante André Dias anunciou a transferência para o Al-Wasl, dos Emirados Árabes.
Além do vantajoso contrato oferecido, dirigentes do clube israelense garantiram um excelente tratamento médico ao filho de Abedi, portador de necessidades especiais.
Seria a segunda passagem de Abedi pelo exterior. Ele jogou por quatro temporadas na Suíça entre os anos de 1998 e 2001. Lá, aprendeu a falar francês.