O presidente do Vasco, Alexandre Campello, foi notificado judicialmente pelo ex-gerente científico do clube, Alex Evangelista. Na ação, Evangelista pede que o mandatário se retrate das acusações realizadas no início do ano, quando disse que o ex-funcionário levou equipamentos do clube após sua demissão.
Campello tem 10 dias para se manifestar. Caso contrário, a tendência é de que seja iniciado um processo de Evangelista contra o presidente, que responderia por danos morais contra o ex-gerente científico.
A base da argumentação da defesa de Evangelista são declarações de Campello no programa "A voz do vascaíno", em que o presidente afirmou que o ex-gerente científico havia levado equipamentos avaliados em R$ 500 mil somados e também o banco de dados de jogadores do departamento médico.
- Sempre disse que não me agradava a metodologia centrada em uma única pessoa. O conhecimento deve ser disseminado. Estava tudo muito concentrado no Alex Evangelista. Quando ele saiu do Vasco, levou uma série de equipamentos que ele alegava serem dele. Em torno de R$ 500 mil em equipamentos. Hoje estamos tendo que repor tudo isso, e temos feito. Não foi verificado dentro do clube as notas fiscais destes equipamentos. Entendi que de fato deveriam ser dele" - disse Campello no programa.
Ao GloboEsporte.com, em junho, Evangelista negou as acusações. Ele alega que levou apenas seus aparelhos pessoais portáteis, que utiliza desde que trabalhava no Botafogo. Os equipamentos maiores foram conseguidos pelo Vasco, ainda na gestão anterior, em regime de comodato, e que, após sua saída do clube, as empresas optaram por retirá-los.
Evangelista deixou o Vasco no início do ano. Ele trabalhou no Estoril, de Portugal, e depois assinou com o Urawa Red Diamons, do Japão.