Após o empate em 1 a 1 com o Fortaleza, Vanderlei Luxemburgo avisou o que, para boa parte da torcida, era algo já óbvio: o campeonato do Vasco é se manter na primeira divisão.
Faltava traduzir para o campo. Isso foi feito no duelo no Castelão. Um time que luta contra o rebaixamento precisa pensar primeiro em se defender para depois atacar. Reconhecer suas carências, entender o momento ruim e simplificar.
Foi o que Luxemburgo fez. Montou um time com três volantes e atacantes velozes. No Vasco pós-Maxi, a ordem é rapidez no contra-ataque, e Rossi, o melhor do time, simbolizou bem isso. No meio, Raul, Marcos Junior e Lucas Mineiro deram maior solidez defensiva.
Esses pequenos ajustes tornaram o Vasco mais consistente. Ok, a partida era contra um Fortaleza mexido pelos compromissos do calendário, mas foi uma evolução em relação ao apresentado contra o Avaí, por exemplo.
O primeiro passo para fazer um campeonato seguro será entender as limitações e trabalhar em cima delas. Quando fez isso, o Vasco se equilibrou.
O segundo passo, porém, é decisivo: é preciso parar de errar tanto. São apenas seis rodadas, mas a pressão é enorme, e cada semana na zona de rebaixamento pesa mais sobre os jogadores. Por isso, quando o plano de jogo funciona e as oportunidades aparecem, o time não pode desperdiçar.
- Tenho que sair daqui satisfeito porque vi muita coisa boa do ultimo jogo para esse. Saio satisfeito pela produtividade da equipe. Criamos diversas chances. Mas bobeamos e falhamos mais uma vez. Temos que aprender a fazer o tempo passar no fim do jogo - disse Luxemburgo após a partida.
O Vasco perdeu diversas chances de gol contra o Fortaleza: duas com Lucas Mineiro em condições muito favoráveis. E, maior dos pecados, voltou a sofrer um gol no fim da partida. Quando tinha um jogador a mais. A questão parece ser mais psicológica do que técnica. Mas precisa ser resolvida para que a situação melhore.