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Análise: Vasco de Rafael Paiva é maduro contra o Atlético-GO e se impõe

Rafael Paiva faz o melhor trabalho de um técnico no Vasco em 2024. A vitória por 1 a 0 contra o Atlético-GO, nesta quarta-feira, mantém o time distante da zona de rebaixamento e coloca a equipe na primeira parte da tabela. Mas o mais importante: mostra que o Vasco soube se adaptar a diferentes contextos que o jogo ofereceu e sair vitorioso.

O cenário não era fácil. Apesar do Atlético-GO estar na vice-lanterna do Brasileirão, a equipe goiana vinha pressionada por resultados, e isso justifica a pressão inicial do time mandante. O Vasco passou 10 minutos sem saber sair da marcação alta do time de Vagner Mancini.

Neste ponto, já entra o primeiro mérito do Vasco na partida: não sofrer. Apesar da pressão do Atlético-GO, a equipe de Rafael Paiva não cedeu grandes chances ao adversário — muito por causa da forma com a qual o time se defendeu. Com Hugo Moura e Mateus Carvalho em mais uma grande noite, a área vascaína foi bem protegida mais uma vez.

A segunda virtude do Vasco foi crescer de forma constante no jogo. A primeira finalização aconteceu aos 13 minutos, em chute de fora da área de Hugo Moura. A partir deste momento, a equipe começou a mandar na partida mesmo como visitante. Com a bola no chão, bom controle de jogo do meio de campo vascaíno e verticalidade no ataque, saíram as jogadas que culminaram no pênalti perdido por Vegetti e no gol anulado de Praxedes.

E o terceiro e principal mérito do Vasco na partida: a resiliência mesmo quando parecia que o gol não queria sair. O time de Rafael Paiva não se abalou com o gol anulado e o pênalti perdido por Vegetti e seguiu no ataque no segundo tempo. Na primeira etapa, a equipe podia ter aproveitado mais a entrada da área adversária, que era pouco ocupada por jogadores do Atlético-GO.

Foi o que David fez aos 5 minutos da etapa final, ao arriscar de canhota e marcar um belo gol para abrir o placar, depois de grande jogada de Hugo Moura, o melhor em campo. Ele desarmou e encontrou o atacante livre.

O domínio seguiu até os 15 minutos do segundo tempo, quando o jogo se transformou em mais trocação entre as equipes do que um domínio vascaíno. A entrada de Galdames no lugar de Adson deslocou Praxedes para o lado, e o meio de campo ficou menos povoado, ainda mais depois da saída de Hugo Moura, que já estava pendurado. No entanto, Paiva amenizou os problemas no meio quando alterou a formação da trinca: com Cocão recuado, e JP e Galdames numa segunda linha.

O Atlético-GO seguiu pressionando, com o ímpeto de estar atrás no placar e desesperado pelo resultado, mas não construiu grandes chances para marcar. As atuações de Paulo Henrique e Lucas Piton, sobretudo do lateral-direito, foram fatores determinantes na segurança defensiva da equipe. Léo Jardim quando exigido também foi bem, assim como a dupla de zaga, que soube afastar o perigo.

Vasco de Rafael Paiva é maduro

Desde que assumiu o cargo de técnico após a saída de Álvaro Pacheco, Paiva fez sete jogos: foram cinco vitórias, um empate e uma derrota — um excelente aproveitamento de 76%. E o trabalho dele não é apenas "feijão com arroz". O Vasco tem padrão de jogo, sabe o que fazer quando tem a bola e se defende bem — três coisas que não aconteceram com Ramón Díaz em 2024, muito menos com Álvaro Pacheco.

Com a sequência invicta, o Vasco chegou a sete vitórias no Brasileirão, seis sob o comando de Paiva nas duas passagens como interino. Além dos resultados, mostrar consistência, ser um bom mandante e pontuar fora de casa são pontos fundamentais para fazer um campeonato tranquilo, e é isso que a equipe mostrou nos últimos jogos.

Rafael Paiva soube resgatar jogadores que têm valor dentro do elenco do Vasco e não eram bem aproveitados, como João Victor, Hugo Moura e Adson, e pavimentou a formação da equipe para a chegada de reforços como Coutinho e outros que ainda serão necessários.

A sequência de vitórias, o resgate da confiança dos jogadores e a expectativa por Coutinho e outros reforços permitem o Vasco planejar um campeonato tranquilo e, jogo a jogo, olhar mais para cima do que para baixo na tabela.

 

Fonte: ge
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