Com apenas 17 anos, Talles Magno fez o Vasco sentir sua falta neste sábado. O atacante, que está com a seleção brasileira sub-17, desfalcou o Cruz-Maltino na derrota por 2 a 0 para o Bahia, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Sem sua promessa, o Cruz-Maltino teve muitas dificuldades.
Jogadas individuais foram poucas, e a pontaria também não estava em dia. Resultado: o Bahia aproveitou duas das poucas chances que teve e conseguiu os três pontos fora de casa. O Vasco caiu na armadilha de tentar sair jogando, mesmo com a boa marcação em pressão do Tricolor, e sofreu.
Veja, abaixo, a análise da derrota do Cruz-Maltino em casa:
A falta de Talles Magno
Sem um de seus principais jogadores, de apenas 17 anos, o Vasco sofreu para criar jogadas. A equipe comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo não tem um armador de ofício e precisa de lances individuais para alimentar o setor ofensivo. Por isso, a ausência de Talles Magno foi tão sentida contra o Bahia.
O garoto, que costuma jogar aberto pelo lado esquerdo, está com a seleção brasileira sub-17 em Londres. Neste sábado, deu lugar ao estreante Clayton, que demorou a encaixar no time e não conseguiu repetir o mesmo nível de Talles. O Vasco, então, abusou de bolas longas e troca de passes.
Jogadas pelos lados
Sem meia armador, o Vasco mais uma vez foi forte pelos lados. Com o apoio de Henrique, pela esquerda, e Pikachu, pela direita, o Cruz-Maltino apostou muito em cruzamentos para a área, mas Marrony não foi encontrado e não aproveitou oportunidades. A maioria dos lances ia até a defesa do Bahia e voltava para os volantes.
Gols em pouco tempo
O Bahia não criava muito, não assustava o Vasco, mas aproveitou dois lances quase seguidos para abrir o placar e praticamente matar o jogo em São Januário, justamente em duas jogadas rápidas, com lançamentos para o ataque. Na primeira, Nino Paraíba aproveitou a confusão na área e marcou. Depois, Gilberto fez um golaço por cima de Fernando Miguel.
Pontaria
O Vasco esbarrou na falta de qualidade das finalizações. Ao todo, foram 21 chutes ao gol do Bahia, mas apenas cinco chances reais. O Cruz-Maltino também teve mais posse de bola: 64% contra 36%. Apesar dos bons números, o time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo não conseguiu vencer em casa.
Boa marcação do Bahia
Mesmo fora de casa, o Tricolor pressionou a saída de bola do Vasco e dificultou as jogadas pelo meio para ligar a defesa ao ataque. O técnico Vanderlei Luxemburgo pediu para que o time apostasse em bolas longas, com Marrony, para que o Cruz-Maltino ficasse com o rebote mais perto do gol.
Apesar disso, na prática a ideia não surtiu efeito. O Vasco jogou muito mais pelos lados do que com bolas longas pelo meio.