Celebrado como um ídolo na conquista do estadual no início do ano, o segundo semestre do argentino Pablo Guiñazu não está sendo nada feliz. Aos 37 anos, o cabeça de área perdeu a vaga de titular absoluto e pouco aparece no banco de reservas no time do técnico Jorginho. A última vez que atuou foi contra o São Paulo pela Copa do Brasil, quando o Vasco lançou time reserva. Mas pelo Brasileiro faz mais de dois meses que a braçadeira de capitão e a camisa 5 não ficam no corpo do veterano argentino. Os 6 a 0 em Porto Alegre foram seus últimos momentos como titular do time vascaíno.
Nas 12 rodadas consecutivas, o argentino, que se recuperou de uma fratura no dedo da mão, foi para o banco apenas três vezes - contra o Flamengo, Chapecoense e Grêmio, nas rodadas 28, 30 e 32, respectivamente. Hoje, pelas escalações da equipe e o banco de reservas que mais aparece na lista de relacionados do time do Vasco, o jogador está atrás de Diguinho, Bruno Gallo, Serginho e Lucas. De xodó da torcida, que imitava latido de pitbull a cada vez que o jogador ia atrás de um marcador para roubar a bola do rival, ele passou a quinto reserva.
Guiñazu ainda tem contrato até o final do ano que vem com o Vasco. Com salário alto para os padrões vascaínos, ele pode não permanecer para a temporada do ano que vem. Vai depender, claro, de outras propostas para o jogador, que se identificou com o clube e mantém bom relacionamento com o presidente Eurico Miranda. O empresário do jogador, Ivan Rocha, que considera injusta a barração de Guiñazu, não descarta nenhuma possibilidade.
Outro argentino do time, o atacante Herrera, que chegou a receber sondagens de times da Série B - o que aconteceu com Guiñazu, que despertou interesse do Náutico, por exemplo - também vem tendo poucas chances. O contrato do atacante também vai até dezembro de 2016.
- Herrera vai cumprir o contrato. Por enquanto não conversamos nada - disse Walter Cirne.