Carlos Leão, presidente do grupo político Cruzada Vascaína, é chamado para gerenciar a organização do plano estratégico do CT.
Alexandre Campello vive dias difíceis no Vasco. Desde o início de 2020, ano de eleições no clube, o presidente sofreu importantes desfalques. Adriano Mendes e João Marcos Amorim, ex-vices de controladoria e finanças respectivamente, deixaram suas pastas. No período, outra baixa: Horácio Júnior renunciou ao cargo de assessor da presidência.
Diante da perda de apoio, Campello recrutou um aliado para atuar como PMO (Project Management Office) do novo CT do Vasco, que está sendo construído em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Trata-se de Carlos Leão, presidente do grupo político Cruzada Vascaína.
O Cruzada, a exemplo da diretoria administrativa, perdeu nesta semana Horácio Junior e João Marcos Amorim.
Leão atuará como um "controller financeiro", ficando responsável pela organização, execução e divulgação das ações de captação de recursos. Tocará o plano estratégico, mas a obra continuar sob a batuta de Pedro Seixas, vice-presidente de patrimônio.
Carlos Leão já havia sido convidado para assumir a vice-presidência de marketing, vaga desde setembro, quando Bruno Maia entregou a pasta. Não aceitou por motivos pessoais, mas se colocou à disposição para atuar em função mais técnica.
LEÃO FALA DAS MUDANÇAS
O GloboEsporte.com procurou Leão para se manifestar tanto sobre o novo cargo e comentar os desfalques no grupo que lidera num momento delicado da gesto Campello. Ele enviou a mensagem abaixo comentando os temas:
"Apoiamos João Marcos e Horácio Junior na decisão de entrar no governo e durante todo tempo que trabalharam no Vasco. Ambos saíram juntos, mas com motivações e objetivos completamente diferentes, na minha avaliação.
Horácio Junior era do staff do Presidente Campello e mesmo sendo um assessor pessoal deixou a gestão fazendo "Nota de Renúncia" (veja abaixo), algo incomum, a partir daí a nossa leitura era de que movimentos políticos oposicionistas viriam em seguida. Ontem (quinta-feira) à noite, ele me informou que estaria formando um novo grupo político.
Horacio Junior @horaciojr
01 - NOTA DE RENÚNCIA
Todas as ações realizadas por mim até agora foram pautadas com responsabilidade. Esse tem sido o valor que sintetiza o que eu pude oferecer para o Clube.
João Marcos Amorim se desligou da gestão pelas divergências já colocadas por ele, mas principalmente por questões que estavam afetando sua vida particular. Campello entendeu e ambos têm boa relação. João Marcos, mesmo após seu afastamento, sempre incentivou a Cruzada a continuar trabalhando para o Vasco e ele próprio continua indo ao Clube ajudar ao staff do Departamento de Finanças. João é homem probo, muito responsável e excelente quadro técnico seria muito importante voltar a ocupar alguma função no Vasco futuramente.
Fui convidado pelo presidente para assumir uma vice-presidência importante. Declinei do honroso convite por diversas razões, mas me coloquei à disposição para colaborar com um cargo mais técnico. O presidente solicitou minha ajuda no projeto do Novo CT, conversei com VP de Patrimônio, Pedro Seixas, e resolvi aceitar a função de PMO (Project Management Office), antes ocupada pelo conselheiro Claudio Cardoso, que tem sido extremamente gentil e parceiro na transição. O VP de Relações Especializadas, João Ernesto Ferreira (da Cruzada Vascaína), segue trabalhando para o Vasco.
Somos todos responsáveis pelos resultados bons e ruins até aqui, inclusive os agentes que acabaram de deixar a gestão. Se eximir de continuar trabalhando para encontrar soluções para os graves problemas do Clube não nos parece ser o melhor movimento. É normal que aconteçam conversas políticas entre os diversos grupos, mas ainda não é momento para campanhas e decisões eleitorais".