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Balanço revela dívida de R$ 11,6 milhões com Romário, e caso de Diego Souza

Por algumas horas fora do prazo previsto na Lei Pelé - 9.615, que prevê a publicação no site oficial do clube e também da federação correspondente até o último dia útil do mês de abril o balanço patrimonial dos clubes brasileiros -, o Vasco apresentou no início desta tarde de sábado as contas do ano passado. O resultado do exercício é positivo, segundo a contabilidade registrada pelo departamento de finanças, com ressalvas feitas por auditoria externa. O clube de apresentou superávit de R$ 119 milhões - em 2014, fechou com déficit de R$ 13 milhões.

O superávit se deu, principalmente, pela adesão do Vasco ao Profut, novo programa do governo de renegociação de tributos. O clube de São Januário apresentou ajustes de R$ 113.532 milhões. A auditoria independente Azevedo & Lopes atesta no documento publicado pelo Vasco que a "mensuração final dos efeitos da adesão ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) deverá ser confirmada através da consolidação dos débitos pela Receita Federal". A auditoria é datada em 29 de abril.

- O balanço patrimonial de 2015 do Vasco mostra o esforço na diminuição do endividamento e do aumento das receitas como forma de garantir a sustentabilidade do clube no futuro. A entrada no Profut e a utilização das novas receitas para pagamento das dívidas criaram a possibilidade de redução do nosso passivo em mais de R$ 100 milhões. O resultado operacional foi positivo em quase R$ 12 milhões de reais, o que mostra a responsabilidade com a qual o clube foi administrado em 2015 - disse, ao site do clube, o presidente Eurico Miranda.

Conforme as palavras de Eurico, a dívida do clube em 2014 - com nova gestão entrando em dezembro - fechou em R$ 688 milhões. No ano passado, de acordo com o balanço patrimonial do ano passado, caiu para R$ 579 milhões. As receitas do clube de São Januário aumentaram consideravelmente, principalmente por cotas de direitos de transmissão, que saíram de R$ 72 milhões para R$ 104 milhões, além de ganhos expressivos com mecanismo de solidariedade (R$ 2milhões), marketing (pulou de R$ 22 milhoes para R$ 36 milhões), repasse de direitos federativos (R$ 5,1 milhões) e receita com amistosos (R$ 1,4 milhão).

A contabilidade de 2015 do Vasco confirma que o clube recebeu do Al Ittihad pela venda de Diego Souza - em outubro do ano passado, o GloboEsporte.com publicou esta informação. Na rubrica de contas a receber, não há mais saldo para o Vasco do clube dos Emirados Árabes, que devia R$ 16 milhões pela transferência no meio do Brasileiro de 2012. A nota 03 do balanço vascaíno também revela outros saldos importantes, como, por exemplo, da Caixa Econômica Federal. O clube tenta se acertar com credores e evitar penhoras nas rendas do clube e optou por não receber do banco estatal- o Vasco tem a receber R$ 10,4 milhões. Da Vitton 44, patrocinador que deixou o clube neste início de ano com contrato em vigor, mais R$ 13 milhões.

Clube ainda deve R$ 11,6 milhões a Romário

Na lista de credores, o Vasco apresenta acordos com série de ex-atletas do clube, como Felipe, Fernando Prass, Jonas, Rodolfo, Thiago Feltri, Auremir, entre outros que estão no clube, como Andrezinho e Jorge Henrique, além de acordos de comissões para empresários e empresas que agenciam atletas. Este saldo diminuiu de R$ 30 milhões em 2014 para R$ 27 milhões no ano assado. Entre as novas dívidas, o gerente de futebol Paulo Angioni, que tem a receber R$ 591 mil do clube de São Januário.

A diretoria do Vasco também apresenta novos acordos cíveis com antigos passivos. Do ex-jogador e atual senador Romário a dívida atualizada, de acordo com o documento do clube, é de R$ 11,6 milhões. Do Vasco-Barra, centro de treinamento que o clube utilizou por alguns anos, a dívida registrada é de R$ 3,6 milhões. Com o escritório de advocacia Barreira de Oliveira, mais R$ 5,8 milhões. Com os ex-jogadores de basquete Rogério Klafke e Sandro Varejão, que atuaram no Vasco no início dos anos 2000, o clube acertou pagamento em processos cíveis de R$ 1,4 milhão e R$ 1 milhão, respectivamente. A diretoria de Eurico apresenta R$ 31,6 milhões em novos processos e acordos cíveis.

Dinamite também atrasou publicação

Há dois anos, a administração do presidente Roberto Dinamite publicou com dois dias de atraso o balanço do ano de 2013. As contas daquele ano, por sinal, ainda não foram apreciadas pelo Conselho Deliberativo até hoje. Na publicação do balanço de 2013, o departamento de finanças vascaíno não incluiu a análise das contas por auditoria independente, o que é obrigatório por lei. 
 

Fonte: ge
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