Ação judicial movida pelo advogado de Júlio Brant encontrou eco na Justiça do Rio de Janeiro. Assim sendo, na tarde de ontem, todo o processo eleitoral do Vasco ocorrido entre novembro de 2017 e janeiro de 2018 foi anulado.
A decisão proferida, que por ser liminar não permitiu o amplo direito de defesa, é repleta de nebulosidades e inconsistências, além de trazer ingovernabilidade para o clube, mais uma vez.
Entendemos que o processo eleitoral foi válido, está encerrado e a atual composição dos Poderes do clube é legítima.
Contudo, prevalecendo a decisão judicial em voga, os seguintes pontos merecem destaque:
1) É arbitrária a interpretação do senhor Faues Jassus, presidente da Assembleia Geral, de que os subscritores da chapa Reconstruindo o Vasco são todos os 160 sócios nela presentes. O Estatuto do clube prevê a figura do subscritor como aquele que apresenta a chapa administrativamente. Exige que 3 sócios a assinem, sendo estes os subscritores. Seus componentes não são, portanto, subscritores. Ao citar “subscritores” na liminar, a magistrada se referiu certamente aos senhores Fernando Lima Portela, João Carlos Nóbrega e Marco Antônio de Amorim Monteiro, subscritores da chapa.
2) A punição estabelecida para tais subscritores, suspendendo seus direitos de concorrer e eleger, é descabida. Primeiro porque os três são membros natos do Conselho Deliberativo. Segundo que foram privados de defesa. Terceiro que o apontar de dedos é ilação injusta e passível de reparação, uma vez que subscrever chapa é apenas uma exigência estatutária, não podendo os subscritores serem responsabilizados por alegadas fraudes. Iremos à Justiça buscar a reversão desta punição, bem como a devida reparação do ato.
3) Mantida a liminar e realizado novo processo eleitoral, em respeito àqueles que por anos confiam em nós, informamos que dele participaremos, indubitavelmente. Muito mais do que concorrer, participaremos em defesa de inúmeros injustiçados, que pagam suas mensalidades, frequentam jogos e não podem ser marginalizados com origem em um pedido proveniente, em síntese, de grupo que não tem autoridade moral para marginalizar quem quer que seja.
CASACA!