Graças ao atual momento vivido pelo futebol europeu, muitos jovens das categorias de base dos clubes brasileiros sonham em se transferir o mais rápido possível para o velho continente. Com o objetivo de conquistar fama e a independência financeira, os garotos abandonam o clube formador, que investiu durante anos em sua formação, e se transferem para times da Europa.
Cientes dessa realidade, os treinadores das categorias de base do Vasco estão trabalhando para que os jovens criem uma identificação e valorizem o Gigante da Colina no momento em que forem assinar o primeiro contrato profissional. Jogadores como Thiago Mosquito, Matheus Índio e Foguete, destaques da Seleção Brasileira no último sul-americano sub-15, ainda não possuem nenhum contrato profissional com o cruzmaltino e podem deixar São Januário a qualquer momento.
Apesar desse fato, o técnico dos garotos, Cássio, garante que eles foram muito bem preparados e aposta que todos valorizaram o Vasco no momento da assinatura do primeiro vínculo profissional:
- É um coisa que converso muito com eles é que eles têm que saber valorizar o clube que está dando a oportunidade. Na verdade, o empresário ele vem ver o Mosquito, ele vai ver o Índio, o Foguete e ele não procura, com todo respeito, jogador do Icasa, do Artsul, pois ele quer jogador que está despontando no Vasco, porque o Mercado é bem maior. O primeiro objetivo deles tem que ser alcançar o profissional do Vasco, pois é o clube onde eles treinam e que investe neles. Eles têm que valorizar o clube que está dando a oportunidade dele despontar no mercado - disso treinador ao repórter Thiago Veras, da Rádio Manchete, dando um pouco depois mais detalhes do trabalho realizado em São Januário:
- A gente procura passar para eles que apesar deles serem adolescentes, eles não são adolescentes normais. Eles têm que abrir mão de várias coisas, coisas que meninos da idade deles estariam fazendo. Vida de atleta exige muito e eles têm que chegar o mais perto possível do alto rendimento. Tem que saber lidar com cada situação, evitar algumas coisas e preservar no máximo possível a vida deles. Isso não só para eles sejam atletas, mas para que também sejam profissionais. Hoje acabou aquela fase de boleiro e desde jovem o atleta tem que ser profissional. É isso que a gente passa para eles, que eles tenham uma boa carreira profissional - concluiu.
Escrito por Carlos Gregório Júnior.