Futebol

Clássico terá duelo de goleadores em situações completamente diferentes

Oito letras responsáveis por 40 bolas na rede no futebol brasileiro em 2020. Dois nomes curtinhos e com fome de gols estarão frente à frente neste domingo, às 20h30 (de Brasília), em São Januário, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro: Cano e Nenê.

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Enquanto os objetivos de Vasco e Fluminense são bem diferentes – o primeiro luta para evitar seu quarto rebaixamento, já o segundo olha para o alto e busca uma vaga na Libertadores –, o atacante vascaíno e o meia tricolor têm algo em comum: um duelo à parte na briga pela artilharia do país no ano. Cada um deles marcou 20 gols, sendo os de Cano em 36 jogos e os de Nenê em 42 partidas.

Ao lado de Pedro, do Flamengo, a dupla é quem mais estufou as redes pelo futebol carioca na temporada. Em nível nacional, não estão no topo, mas estão próximos. Entre os jogadores da Série A, apenas o ex-vascaíno Thiago Galhardo (do Inter) e o ex-tricolor e vascaíno Diego Souza (do Grêmio) marcaram um gol a mais e lideram o ranking com 21.

Considerando jogadores de outras divisões do futebol brasileiro, Cano e Nenê dificilmente poderão assumir o topo dos goleadores neste domingo. Mas podem se aproximar dos líderes, que são: Caio Dantas, do Sampaio Corrêa, com 24 gols, e Paulo Sérgio, do CSA, com 23.

Na única vez que se enfrentaram na temporada, o Fluminense levou a melhor. No primeiro turno, no Maracanã, vitória por 2 a 1 sobre o Vasco. Na ocasião, Cano e Nenê foram titulares, mas passaram em branco e foram substituídos no segundo tempo. Levando em conta a média de gols da dupla, um novo placar sem a marca de algum dos dois é improvável de se repetir.

Cano volta como "salvador" no Vasco

A esperança do Vasco de vencer o Fluminense e, eventualmente, sair da zona de rebaixamento tem nome e sobrenome: Germán Cano. Não é exagero dizer que o argentino é, pelo menos, meio time do Vasco. Ele foi responsável, por exemplo, por 50% de todos os gols do clube em 2020.

Não é pouca coisa, ainda mais se levado em conta que Cano desfalcou o time em dez jogos em 2020 – 22% das partidas do Vasco no ano. Ele, aliás, reaparecerá no domingo, após perder três jogos por conta de infecção de Covid-19. Nas três partidas em que esteve ausente, a equipe marcou apenas um gol, em cobrança de pênalti de Ribamar. No mesmo período, sofreu nove.

Depois de 10 dias em isolamento, para cumprir a quarentena do novo coronavírus exigida pela CBF, Cano retornou aos treinos na terça-feira. Algo muito comemorado em São Januário. Os motivos?

Os 10 gols de Cano do Brasileiro ajudaram o Vasco a ganhar 17 dos seus 24 pontos

Sem Cano, o Vasco ainda não venceu no Brasileiro

Nos 10 jogos sem Cano, o Vasco marcou apenas quatro gols (0,4 por partida)

Sem Cano, o aproveitamento do Vasco é de 16,6%

Com Cano, o aproveitamento sobe para 47,2%

Além dos 10 gols no Campeonato Brasileiro, Cano marcou outros seis no Carioca, dois na Copa do Brasil e dois na Sul-Americana.

Após fim de jejum, Nenê tenta "Lei do Ex"

No Fluminense, Nenê não chega a ter o mesmo rótulo de "salvador" que Cano possui no Vasco, mas o veterano meia de 39 anos vive uma temporada mágica. A ponto de, antes da pandemia, a imprensa debater uma possível "Nenêdependência" no time então dirigido por Odair Hellmann, que sofria para vencer jogos em que o artilheiro não brilhava.

E, de fato, seus números mostram essa importância: Nenê é responsável direto por 30,6% dos 75 gols do Fluminense até aqui em 2020: além das 20 bolas na rede, o meia deu ainda três assistências. Em agosto, com um hat-trick sobre o Figueirense na Copa do Brasil, ele chegou a assumir a artilharia do país na época após marcar 15 vezes. E popularizou um meme: "o vô tá on".

Porém, recentemente o meia teve uma queda de rendimento e chegou a passar cinco jogos em branco. A seca acabou no último domingo, na vitória por 3 a 1 sobre o Athletico-PR, só que na partida ele perdeu um pênalti, algo que não acontecia há dois anos. Mas o fim do jejum pode ajudá-lo a reviver a boa fase, além de buscar seu primeiro gol sobre o Vasco. E os tricolores têm motivos para acreditar:

No Brasileiro, Nenê fez 8 gols em 6 jogos, e só em um deles o Flu não ganhou;

Nos cinco jogos sem Nenê no Brasileiro, o Flu só marcou 3 gols;

Nenê tem 3 gols em clássicos este ano (sobre Flamengo e Botafogo);

Sem Nenê, o aproveitamento do Flu é de 54,1%

Com Nenê, o aproveitamento sobe para 56,3%

Além dos oito gols no Campeonato Brasileiro, Nenê marcou outros seis no Carioca e mais seis na Copa do Brasil.

Fonte: ge
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