No Vasco desde o começo de 2019, Cláudio Wink tem apenas seis jogos com a camisa cruz-maltina. Todos no primeiro semestre do último ano. Depois, passou a ser a terceira opção para a lateral-direita, atrás de Cáceres e Yago Pikachu. E chegou a treinar separado do restante do grupo, então comandado por Vanderlei Luxemburgo.
Com contrato até o fim de 2020, Winck recebeu sondagens de outros clubes e ficou perto de deixar a Colina, mas preferiu ficar no Vasco, mesmo ainda afastado do elenco no começo deste ano. Em março, no entanto, jogador foi reintegrado ao grupo, após fazer um acordo com a diretoria cruz-maltina.
Em “live” realizada pela Vasco TV na noite da última terça-feira, Winck falou sobre o momento do seu afastamento em 2019. E criticou a postura de Luxemburgo na ocasião. Segundo o lateral-direito, o então treinador não explicou os motivos do afastamento.
– Importante falar disso. Ano passado eu acabei treinando separado, foi um momento bem difícil pra mim, momento que eu tava começando a jogar no Brasileiro. Aí teve a troca de treinador. Chegou o Luxemburgo e me colocou pra treinar em separado. Eu nunca entendi, na verdade, o porque disso. Ele nunca me falou também. Mas eu continuei trabalhando, segui aquilo que eu acredito. Foi um momento bem difícil, mas eu consegui lidar bem. Fui resiliente e aprendi muitas coisas com isso – disse o jogador ao canal oficial do clube, antes de completar:
– Chegaram algumas propostas, algumas coisas, mas eu sempre quis ficar. Acho que agora chegou o momento de colher o que plantei. As propostas que chegaram não eram boas, não tinha a mesma visibilidade que o Vasco, não eram clubes tão grandes quanto o Vasco, então eu procurei ficar sempre focado aqui. Acho que agora chegou o momento de colher, de jogar, de aparecer. É isso que passa na minha cabeça agora.
Nova fase
Reintegrado ao grupo do Vasco pouco antes da suspensão das competições esportivas devido à pandemia do coronavírus, Winck ainda não voltou a atuar com a camisa do clube. Ele falou sobre como está a ansiedade para este momento e exaltou a oportunidade de estar no Cruz-Maltino.
– Estou bem feliz de estar com o grupo de novo. Já tinha voltado antes da pandemia, da pausa, e aconteceu tudo aquilo. A ansiedade foi crescendo, mas agora estou conseguindo manter os treinos e estou conseguindo ficar firme no meu objetivo, que sempre foi jogar no Vasco. É um clube que eu escolhi na minha carreira. Quando eu saí do Inter, tinha algumas propostas e uma delas foi do Vasco. Escolhi vir para cá. É um clube que tenho uma vontade muito grande de jogar, de fazer uma história aqui. E vou me empenhar nisso. Espero que agora consiga dar uma sequência, mostrar o meu futebol. Estou com muita vontade guardada, em função de tudo aquilo que rolou ano passado. E me preparei bem. Acho que agora vou conseguir colocar tudo em campo, mostrar meu futebol para a torcida. Tenho certeza que vai ser um grande ano para todo mundo – afirmou Winck em transmissão do canal oficial do clube.
Apoio da família
O jogador de 26 anos também falou do apoio que teve para passar pelos momentos difíceis que viveu desde 2019. E mostrou muita vontade de poder mostrar seu futebol pelo Vasco.
– O cara que mais me apoiou nesse momento foi meu pai, junto com mais pessoas da minha família. Mas eu sempre bati na tecla que eu queria ficar porque o Vasco é um grande clube. Eu acho que no momento que você chega num clube desse tamanho, você tem que mostrar o seu futebol. Batalhei muito para ter uma oportunidade num clube como o Vasco. Então, quero mostrar o meu futebol aqui.
Além de Cláudio Winck, o Vasco conta com Yago Pikachu e o jovem Cayo Tenório para a lateral-direita no seu elenco. O Cruz-Maltino volta a campo no próximo domingo, às 16h, contra o Macaé, em São Januário, pela quarta rodada da Taça Rio.