Justamente num momento em que os clubes do Rio agonizam atolados em dívidas e com a reputação administrativa de seus dirigentes novamente reduzidas a zero;
Justamente num momento em que um campeonato falido e desmoralizado caminha para oferecer um pouco de graça a seus incautos torcedores;
Justamente quando se tenta recuperar um mínimo da autoestima do torcedor carioca;
Justamente quando começamos a esquecer tudo de ruim que os engravatados dos tribunais esportivos fizeram para o futebol, eis que eles ressurgem do nada, com seus entendimentos contraditórios e seus pareceres dúbios.
Não sou advogado, não sou jurista e, na verdade, odeio ter que citá-los quando a intenção era apenas e tão somente falar de futebol.
Mas o julgamento (sic) desta quinta-feira, no plenário do Tribunal de Justiça Desportiva da federação, que subtraiu seis pontos do Vasco conquistados no campo, pela suposta escalação irregular de um atleta, me faz lembrar das sessões dos tribunais esportivos da CBF que suspenderam o atacante Dodô, então no Botafogo, por 120 dias, por uso da substância proibida femproporex.
Puniram, mas depois o absolveram por unanimidade, entregando-o de bandeja à Fifa que acabou por aplicar-lhe uma suspensão por 14 meses.
Hoje, quem se preocupa com Dodô?
Quem se interessa em apurar o porquê do parecer daqueles que, estranhamente, o declararam inocente?
Pois é... ninguém!
Pobre do futebol disputado nos tribunais esportivos...