Em 2012, os agentes Reinaldo Pitta e Márcio Mello investiram R$ 400 mil na compra do zagueiro Rafael Vaz, do Vila Nova-GO.
Os direitos federativos do jogador de 23 anos à época foram emprestados gratuitamente ao Ceará num contrato de um ano.
Em 2013, após vender Dedé por R$ 14 milhões, o Vasco firmou parceria com os agentes para tirar o jogador do Ceará em maio.
Vaz ficaria livre em julho mas, para tê-lo antes do prazo, foi preciso pagar R$ 350 mil ao Ceará, que pedia R$ 500 mil.
O dinheiro gasto daria ao Vasco a 50% dos direitos econômicos do atleta, com os outros 50% permanecendo com os agentes.
Mas em troca de um contrato de três anos para Rafael Vaz, o clube levou mais 10% dos direitos, ficando então com 60%.
Rafael Vaz teve altos e baixos em São Januário, tendo jogado desde então 47 partidas, e marcado dez gols.
Foi taxado de ser um jogador boêmio, ironizado por se achar melhor do que na verdade era, e foi por isso pouco utilizado.
Até que este ano, meio que por acaso do destino, relegado à regra três, caiu em seu colo a chance de enfrentar o Famengo.
Acabou por decidir o jogo, a contra-gosto da diretoria que preferia não vê-lo brilhar antes do final do contrato.
Uma questão de estratégia para força-lo a aceitar as condições impostas pelo clube..
FORA DA HORA
Estranho, e já disse isso aqui, o fato de Rafael Vaz, hoje com 27 anos, e bons serviços prestados, não ter renovado contrato.
Não agora _ mas em dezembro, ao se planejar a temporada.
Ainda que não servisse para o time de Jorginho, estariam resguardados os interesse do clube nos direitos econômicos.
Ou seja: a diretoria do Vasco não quis renovar com Rafael Vaz e também não quis "defender" os 60% de possível transferência.
Caso contrário, teria feito como no acordo com Julio César, que renovou em março um contrato que terminava em junho.
Tudo bem que o clube contou com a participação do agente Zé Renato, parceiro de Eurico Miranda e seu filho, Eurico Brandão.
Zé Renato tem bom trânsito em São Januário e está sempre a postos para ajudar (sic) em negociações de compra e venda.
Como o próprio Reinaldo Pitta diz já ter tido no final dos anos 90 ao ajudar nas contratações de Válber, Romário, Edmundo...
PREJUÍZO OU LUCROS CESSANTES?
O certo é que com a saída de Vaz ao final do contrato, no próximo dia 6, o Vasco deixa de ganhar um bom dinheiro.
Pois quanto valeria um zagueiro com vocação de artilheiro, de 27 anos, boa estatura, boa impulsão e técnica razoável?
Se vale um milhão de reais, o clube deixou de ganhar seiscentos mil...
Se vale dez milhões de reais, o cluibe deixou de ganhar seis milhões...
Por isso Rafael Vaz tem despertado o interesse de clubes do Brasil e do exterior.
E por certo assinará contrato por três anos e recebendo mais do que os R$ 100 mil oferecidos pelo Vasco.
Mas o jogador não está deixando São Januário por conta disso.
Ao que tudo indica, ele só queria um pouco mais de respeito...