A ida do Vasco a Chapecó tirou os holofotes do trabalho em São Januário. Porém, a sexta-feira e o sábado foram fundamentais no processo de retorno de um importante jogador: Dagoberto. Ao treinar com bola, a primeira vez desde que passou a tratar lesão na coxa esquerda, o atacante não acusou mais dores. A recuperação física esperada se confirmou e há chances de ele ficar à disposição de Celso Roth para o confronto com o São Paulo, quarta-feira, em Brasília, pelo Brasileirão.
Dagol se trata no Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo (Caprres), clínica médica do clube, desde o dia 3 de junho. Foi quando atuou pela última vez: 45 minutos na derrota de 3 a 0 para a Ponte Preta. O problema na coxa, o segundo em quatro meses de Rio (teve lesão óssea no pé esquerdo), mostrou a necessidade de parar. Fazer um recondicionamento físico para dar fim e prevenir lesões.
Esta é a função do Caprres: identificar e solucionar problemas. O de Dagoberto era o desgaste físico. Aos 32 anos, o atacante tinha pouca resistência. A fadiga era alta, o que gerava rompimento dos músculos. O clube, então, tomou uma decisão estritamente técnica. Ignorou a necessidade de contar com um atleta qualificado e experiente em um momento de crise no campo, com presença na zona do rebaixamento, para recuperar a pessoa. Deu certo.
- Dagoberto não teve pré-temporada, vem de anos com muitos jogos e acusou a necessidade de ter uma preparação especial. Foi o que fizemos e estamos fazendo - resume o vice-presidente médico Egas Manoel Fonseca.
Funcionou assim: a preparação física começou do zero. A cada sessão de trabalho, o atleta era submetido a testes, motor, potencial e muscular. Na sexta, ao dar sequência ao cronograma, ele trabalhou com bola. Havia o temor de as dores aparecerem no sábado. Não aconteceu. E a atividade foi repetida.
O Vasco, porém, ainda trata com cautela o retorno. Evita anunciá-lo. Roth, porém, disse esperar ter o atleta à disposição para quarta-feira.
Dagoberto fez até agora apenas 11 partidas - marcou gol logo na estreia. Foram seis jogos no Carioca - quatro deles como titular -, quatro pelo Brasileiro e um pela Copa do Brasil. Com o tempo parado, a concorrência vem aumentando. Riascos ganhou a vaga, e Herrera e Eder Luis chegaram.