O Vasco se aproxima da virada do ano sem ter quitado os salários de novembro e o 13º de funcionários e jogadores. A dívida referente aos direitos de imagem de alguns atletas também cresce. Enquanto corre contra o tempo para zerar parte do passivo, a diretoria coloca para votação nesta quarta-feira a previsão orçamentária de 2018, com uma expectativa de superavit de cerca de R$ 49 milhões.
O vencimento de outubro foi pago na semana anterior ao Natal. Ainda assim, a situação é complicada, sem a previsão de entrada de novas receitas a curto prazo. Poucos jogadores do elenco recebem direitos de imagem, e no caso do meia Nenê, por exemplo, a dívida se aproxima dos R$ 700 mil.
Ao mesmo tempo, a diretoria colocará sob aprovação do Conselho Deliberativo previsão orçamentária já sob parecer negativo do Conselho Fiscal do clube, presidido pelo opositor Otto de Carvalho Júnior.
No documento encaminhado ao clube, ele alega a “inexistência de tempo hábil para avaliação técnica”, “de apresentação dos montantes dos exercícios anteriores” - as contas de 2017 ainda não foram aprovadas -, e de “premissas que respaldem a proposta apresentada”.
Tem atrapalhado o Vasco na hora de planejar a próxima temporada a indefinição a respeito de quem será o próximo presidente do clube. Atualmente, Julio Brant, da oposição, tem a vitória no pleito, mas Eurico Miranda ainda tentará reverter a decisão da Justiça a respeito dos votos da urna 7 antes do fim do seu mandato, no próximo dia 15, e garantir a reeleição.