Pedro Valente é o quarto entrevistado da série especial do L! com os candidatos à presidência doVasco e afirma que, com toda a experiência que acumulou devido às passagens por administrações anteriores, poderá ajudar a recolocar o clube no caminho dos títulos de forma definitiva: Vou para dedicar os últimos anos da minha vida.
Alexandre Araújo: Por que se candidatar à presidência?
Minha historia no Vasco é antiga. Já fui vice-presidente de relações especializadas (na época, cuidava da parte jurídica e médica). Após a divisão, fiquei com a vice presidência médica. Tenho uma bagagem longa e me sinto preparado. Posso dar uma grande contribuição. Não vou para ser deputado, vou para ajudar.
DennisNery: E como lidar com a questão das dívidas?
O Vasco tem uma grande dívida e ela aumentou na última administra ção. Na atual administra ção, as contas não são aprovadas. Além disso, embora tenha aumentado o valor recebido pelas cotas de TV, fomos rebaixados ao G3.O Vasco sempre foi do G1 (grupo que recebe as maiores cotas). Isso terá de ser revisado. O nosso clube tem de voltar às primeiras posições. Nossa recupera ção financeira será fruto de iniciativas como essa
A A: Há algum projeto para o centro de treinamento?
Quando fui aos Estados Unidos, conheci o estádio Orange Bowl, em Miami, e vi que é possível ter um centro de treinamento dentro do próprio estádio. Temos de fazer uma grande obra de infraestrutura. Com que dinheiro? Claro que é possível. Nesta mesma visita, um senador que fez parte do projeto das obras do est ádio me disse: A realização de um dirigente político depende da sua vontade. E minha vontade é fazer do Vasco um grande clube com um grande time.
D. N: Há algum projeto para São Januário ser mais rentável?
Essa é uma das minhas vontades. São Januário terá de ser alvo de estudos. Na administração passada (Eurico) já tínhamos contatos avançados com a Luso Arenas para uma grande remodelação de São Januário. Hoje, o esporte é um grande empreendimento econômico e existem muitas empresas especializadas em projetos de grande arenas. E quero fazer isso sem vender o Vasco.
A.A: E para o esporte olímpico?
O remo terá uma assistência tão grande quanto o futebol, dentro das possibilidades. É obrigação nossa investir no remo. Quero trazer diretores especializados em cada esporte e que tenham a possibilidade de trazer patrocínios espec íficos. E, assim, conseguir captar os incentivos do governo.
D.N: Como será gerido o programa de sócios?
Quero sócios para o Vasco. Vou fazer campanhas enormes. Um clube com essa grandeza e com essa torcida que temos, não pode ter apenas 11 mil sócios. Temos de trazer os torcedores. Posso até contratar um empresa para gerir o programa, mas ela terá de trabalhar dentro do clube. Até porque, se funcionar assim, não acontecer ão alguns absurdos como acontecem atualmente.
A.A: Em sua gestão, há possibilidade de o Eurico retornar?
Ele é presidente do Conselho de Beneméritos, um grande cargo. E já disse que não pretende voltar.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)