|EIS A QUESTÃO...
A pressão sobre Alexandre Campello, o presidente do Vasco, é muito grande. Vice-presidentes, conselheiros e alguns torcedores querem a demissão do português Sá Pinto para o retorno de Vanderlei Luxemburgo. É preciso entender que o problema do time vascaíno, em si, é multifatorial - não é só o trabalho do treinador. No entanto, dos últimos que passaram por São Januário, Vanderlei foi o único que soube ser multidisciplinar, resolvendo carências outras que não dizia respeito só ao campo e bola. E isso faz com que os vascaínos vistam em Vanderlei a fantasia de super-herói. A diretoria, por ora, resiste à pressão. Com Sá Pinto, o atual treinador, o Vasco tem média de 1,12 pontos ganhos por jogo em oito partidas no Brasileiro. Se mantiver a batida, somará mais 16 pontos nas 15 rodadas restantes e terminará nos 40 pontos. Em 2019, Vanderlei registrou média de 1,41 pontos por jogo em 34 rodadas. Com esta média, o clube somaria mais 21 pontos nas rodadas restantes e terminaria a Série A com 45 pontos. A discussão é boa para quem está de fora, péssima para quem tem de tomar uma decisão para evitar o quarto rebaixamento do Gigante. Nem sempre a solução está na troca do treinador. Mas é evidente que o português Sá Pinto está perdido no meio de tanta incompetência no departamento de futebol. O clube não consegue resolver suas mazelas políticas, não tem dinheiro, e sua torcida se acostumou a brigar pelas facções que, fora do poder, vendem as soluções milagrosas. Ou seja: multifacetado, o Vasco paga o preço por estar menor...