Crise política, demissão do CEO, dificuldades financeiras… tudo isso ajuda a explicar os motivos que levam Paulo Autuori a estar muito propenso a se demitir do cargo de diretor de futebol do Fluminense. A decisão deve ser tomada ainda nesta semana. O presidente Pedro Abad foi avisado da intenção de Autuori e já escolheu até um substituto: Rodrigo Caetano.
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Detalhe importante: nem Autuori, nem o técnico Abel Braga sugeriram o nome de Caetano, que era diretor-executivo de futebol do Flamengo até 29 de março. A opção pelo dirigente foi do presidente do Flu, que enfrenta enorme crise interna – durante o fim de semana, cinco vice-presidentes deixaram seus cargos.
Rodrigo Caetano tem conversas avançadas com o Internacional. Porém, o interesse tricolor pode mudar a situação. Isso porque a família do executivo prefere permanecer no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 2009 – ele já trabalhou no Vasco (de 2009 a 2011 e 2013 a 2014), no Fluminense (2012 a 2013) e no Flamengo (de 2015 até o mês retrasado).
Autuori não esconde a chateação com a dispensa de Marcus Vinícius Freire, que ocupava o cargo de CEO do Flu. Foi Marcus quem o contratou. A guerra política nas Laranjeiras também tem atrapalhado o cumprimento das metas estabelecidas pelo departamento de futebol, para irritação do diretor de futebol.
A troca entre Autuori e Caetano também resolveria um problema tricolor: é que hoje não há ninguém no clube que possa contratar jogadores. Por uma questão de princípio, Autuori não participa de negociações. Sem a figura de um CEO, o presidente Pedro Abad teve que assumir as conduções dos negócios – ele costumava dar apenas a palavra final.
Na Gávea? Antes mesmo de oficializar a saída do Flu, Autuori já tem algumas sondagens. Dois clubes do exterior sonham com a possibilidade de recontratá-lo como técnico. Mas ele também conta com uma série de defensores dentro do Flamengo.
Assim, Autuori dividiria com Carlos Noval a missão de conduzir o departamento de futebol do Rubro-Negro. Autuori emprestaria sua experiência e Noval, sua força política.