Surpreso, Cristóvão respondeu que a camisa 114 que a torcida vota pela internet para um jogador vestir no jogo contra o Fluminense, em razão do aniversário de fundação do clube tem que ser para os \"artistas\", não para ele, um simples treinador. A poucos dias de completar um ano como técnico, ele sobrevive às vaias e a reconstrução do elenco vascaíno em meio ao Campeonato Brasileiro. E debaixo de vaias e o coro de \"burro\".
Sem medir as palavras na análise do estágio atual do Vasco, Cristóvão admite passar pelo momento mais difícil na equipe.
Se você olha para o retrato do Vasco, do que aconteceu de janeiro até aqui, o normal era brigar no meio da tabela. Se isso não acontece, é porque esse grupo tem capacidade surpreendente de reação diz.
Há pouco mais de um mês, antes da saída de Diego Souza, Fagner e Rômulo, o treinador lembrava que o Vasco só devia em elenco ao Fluminense e ao Internacional no atual Brasileiro. Hoje, inclui no grupo Atlético-MG, Grêmio e Corinthians.
Na verdade, penso que o momento da gente conseguir um salto de qualidade no elenco era no início do ano. Não conseguimos, por causa de dívidas antigas, salários atrasados. E isso se reflete agora afirma o treinador, que não perde a esperança de manter o Vasco no topo.
Fico contente de conseguir a regularidade nesse tempo todo, mas não estamos satisfeitos. Para nós, isso é pouco e queremos mais. Acredito e tenho fé que vamos brigar pelo título até o fim. Porque esse grupo tem caráter muito forte, tem fome e quer muito elogia Cristóvão.
No time para o clássico de domingo contra o Flamengo, Cristóvão deve voltar com Carlos Alberto no meio, e Felipe no banco. A boa notícia ficou pela volta de Eder Luis, apesar da fase não andar boa. Mas, depois de perder tantas peças, Cristóvão não dispensa nada.
Nossa condição nos faz jogar sempre no limite. Estamos acostumados a essa pressão. O Vasco foi surpresa ano passado no segundo semestre, depois no final da temporada e está sendo agora de novo. Que continue assim pede o treinador.