André Schmidt, o “Garone”, do Blog do Garone do Lance! ( http://blogs.lance.com.br/garone/ ) lança no próximo dia 23/06/16 (quinta-feira) no Bistrô Multifoco (Av. Mem de Sá 126, Lapa) o livro “Da queda ao Bi – A trajetória do Vasco em crônicas (2015/2016)“.
Na obra o autor reconta as crônicas (originalmente publicadas em seu blog) da chegada do técnico Jorginho e à quase reversão do rebaixamento dado como certo na metade do Brasileiro de 2015, até a conquista invicta e incontestável do Bicampeonato Carioca em 2016.
A quarta capa e o prefácio são assinados por Mauro Betting. A orelha por ninguém menos, ninguém mais que o capitão do tricampeonato carioca de 94, Ricardo Rocha. O livro já está em pré-venda com opção de retirada (sem a cobrança do frete) na noite de autógrafos, a ser realizada de 18h às 22h (http://editoramultifoco.com.br/loja/product/da-queda-ao-bi/ ).
Serviço: Lançamento do livro "Da queda ao Bi - A trajetória do Vasco em crônicas (2015/2016)"
Data - 23/06/16 (quinta-feira)
Local - Bistrô Multifoco: Av. Mem de Sá, 126 - Lapa - Rio de Janeiro/RJ
Horário - Das 18h às 22h
Rio de emoção
Quando se inicia um texto de uma final, não se sabe se o assunto a ser tratado é futebol ou religião. Quem canta não torce, faz oração. O escudo vira terço, de um torcedor que se entrega por inteiro.
Num dia de decisão, não há espaço para meias paixões. Menores porções. Nem de amor, nem de dor. É um frio na barriga que aquece a alma. Queima como gelo, mas não adormece o corpo. Principalmente o coração.
Na prece, ex-jogador vira padroeiro e gol histórico se torna milagre oficial. Idolatria de imagens da memória, de santos vivos. Para não parecer que é algo somente humano, Deus separou um Rafael para cada título. São Rafael.
Silva e Vaz. Para mostrar que fé nunca é demais. Até pra quem não acredita na segunda-feira, mas ainda assim se ajoelha aos domingos. Em outro templo, de olho no tempo. Aqueles 90, que quase ninguém aguenta.
Quem chorou, sentiu. Quem levantou, aplaudiu. Não só o Vasco, mas também o Botafogo. Não seria pecado se o título acabasse em outras mãos, mas seria incompleto se não caísse nesses pés. Ou cabeças.
Quisera eu, se pudesse ter um breve diálogo com Deus, quem sabe, por engano ou um erro calculado, todo jogo se tornasse uma decisão. Num pedido meio torto, egoísta, o grito de campeão fosse eterno. Um eco que ganha corpo, e de tão constante parece silêncio.
O Rio respira um Vasco campeão. O Vasco transpira um rio de emoção.
*Crônica do empate em 1 x 1 entre Vasco e Botafogo, pelo 2º jogo da final do Carioca16, que confirmou o título cruzmaltino.