O lance mais polêmico desta edição do Campeonato Carioca voltará à pauta do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ) nesta quinta-feira, dia 11 de março. Em sessão a partir das 16h, o volante Nilton, do Vasco, terá analisado o seu recurso referente à dura entrada em Caio, do Botafogo, na final da Taça Guanabara. Ciente de que a absolvição é bastante difícil, a defesa vascaína trabalha com a possibilidade de reduzir a pena de seis jogos de gancho. Na mesma sessão, o técnico vascaíno, Vagner Mancini, tenta reverter pena de uma partida de suspensão.
Para tentar dar condições de jogo o quanto antes ao meio-campista, o departamento jurídico utilizará, entre outros argumentos, as entrevistas concedidas após a partida pelos dois jogadores envolvidos no lance. O intuito é o de reduzir a pena. Acredito que as declarações posteriores ao lance, tanto dele, quanto do Caio, podem ajudar. O Nilton mostrou arrependimento, e o jogador do Botafogo o perdoou, disse o advogado Osvaldo Sestário, em entrevista o site Justicadesportiva.com.br.
Nilton foi punido no último dia 3. Na sessão da Terceira Comissão Disciplinar do Tribunal do TJD/RJ, o atleta foi suspenso por seis jogos, em decisão por maioria de votos dos auditores. No mesmo dia, atuou normalmente contra o Bangu, uma vez que a decisão só passa a valer no dia seguinte ao julgamento. Ele cumpriu a suspensão automática e mais uma, no jogo contra o Boavista, tendo ainda que cumprir quatro jogos fora se a pena for mantida na sessão desta quinta-feira. Dessa forma, só retornaria na última rodada da Taça Rio, contra o Duque de Caxias, ficando ausente dos clássicos contra Flamengo e Fluminense.
A situação de Nilton era preocupante e o departamento jurídico do Vasco tinha ciência disso. O jogador poderia pegar gancho de até 12 jogos por ter sido denunciado no artigo 254-A II, que trata de prática de agressão física. No julgamento, os auditores optaram por desclassificar a infração para jogada violenta (artigo 254), aplicando a pena máxima neste.
Absolvição para Mancini
Com relação ao técnico cruzmaltino, que tem ficado no banco normalmente graças a um efeito suspensivo concedido pelo TJD/RJ, o objetivo da defesa é descaracterizar a infração, pedindo pela absolvição do denunciado. O advogado do clube cogita, no máximo, uma pena de advertência.
O treinador foi suspenso por uma partida por conta da entrada em campo para instruir os jogadores durante as cobranças de pênalti da semifinal da Taça Guanabara, contra o Fluminense. Ele foi denunciado e punido com uma partida de suspensão com base no artigo 258-C (dar ou transmitir instruções a atletas, durante a realização de partida, prova ou equivalente, em local proibido pelas regras ou regulamento da modalidade desportiva).
Quanto ao Mancini, vamos pedir absolvição ou, no máximo, a pena de advertência, finalizou Sestário, confiante na liberação do treinador para a partida entre Vasco e Flamengo, que acontece no próximo domingo, dia 14.