Além de aliviar o Vasco de maneira momentânea em relação ao Z-4, a vitória sobre o Internacional, na quinta-feira, serviu também para firmar a nova função de Pedro Ken dentro da equipe. Destaque do jogo, o camisa 10, que vem atuando como volante desde a derrota para o Atlético-MG, na 23ª rodada, igualou um recorde no Brasileirão de 2013, com nove bolas roubadas em uma partida - Willians, do Internacional, alcançou a marca contra o Cruzeiro, na sexta rodada. Para o meia, a sequência de jogos na nova posição é fundamental para o sucesso.
Pedro Ken lembra que chegou a ter um bom começo de ano atuando ao lado de Fillipe Soutto, mas que uma derrota em um clássico - justamente o mesmo que o Vasco tem pela frente no domingo - colocou em xeque a formação utilizada na época.
- Eu já tinha jogado algumas vezes na posição, mas a sequência de jogos como volante no Vasco é a maior que eu já tive. Muitas vezes eu jogava um jogo de volante e um de meia, mudava bastante. Essa sequência é importante. No começo da temporada, coincidência ou não, quando fomos bem, eu atuava ao lado do Fillipe Soutto. Depois, perdemos um clássico contra o Flamengo (pela Taça Guanabara) e já começaram a falar que a gente não podia jogar junto, que o time perdia poder de marcação. Depois disso não jogamos mais, só agora que voltamos estamos provando o contrário. Nos revezamos tanto na marcação quanto na saída de bola - analisou.
Não importa a posição, o que vale é estar entre os titulares. É assim que o camisa 10 responde, de forma bem-humorada, na hora de definir sua função: volante ou meia.
- Pedro Ken curinga, eu acho (risos). Aonde precisar, estou indo. Hoje, por estar bem como volante, acredito que eu esteja mais cotado para jogar por ali. Mas estou na briga por qualquer posição.
Além da marca individual alcançada pelo vascaíno, a equipe vem se destacando como um todo no quesito. É a segunda rodada consecutiva em que o Vasco lidera o número de roubadas de bola na competição. Na 24ª, no empate contra o Bahia na Fonte Nova, foram 28, e na última, na vitória sobre o Inter, em Macaé, foram 26. Pedro Ken não dedica os bons números apenas à força de vontade do elenco para tirar o time das últimas posições.
- Vontade a gente sempre teve. Hoje o coletivo está encaixado na marcação, o posicionamento está correto, os jogadores estão sabendo cobrir um ao outro. Fica mais fácil de marcar. Além disso, tem o empenho individual. No meu caso, eu procuro antecipar os lances e usar a força, que é um ponto positivo meu. Tenho conseguido dar os botes na hora certa. Às vezes também, chego para dobrar a marcação, como elemento-surpresa, e roubo a bola. Acho que não é um fator isolado, são várias coisas que acabam ajudando.
O Vasco volta a campo no domingo, às 16h, para disputar o clássico diante do Flamengo, no Mané Garrincha, em Brasília.