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Dinamite: "As pessoas passam e o Vasco continua"

No dia seguinte ao pedido de demissão de Rodrigo Caetano, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, externou nesta sexta-feira os bastidores do encontro que durou quase seis horas, quinta-feira, em São Januário. Dinamite conta que a decisão de sair foi tomada exclusivamente por Caetano. O presidente conta ainda que não pediu ao diretor de futebol para permanecer:

“Não teve aquela coisa de ‘fica, pelo amor de Deus’”.

Ele lembra que todos os dirigentes vão passar, mas o clube seguirá adiante.

MARCA BRASILH: Vocês ficaram reunidos por quase seis horas, quinta-feira. E, no fim, o Rodrigo Caetano fez o pedido de demissão. O que ele disse?


Roberto Dinamite: O Rodrigo nos colocou que estava chateado, estressado e que queria dar um tempo. Ele decide a posição a tomar. E foi uma decisão dele.

MBH: Isso te surpreendeu?

RD: Sim, porque a gente (Dinamite, Caetano e José Hamilton Mandarino, vice de futebol) estava conversando sobre situações de contrato. Falamos cinco horas e meia, e a maior parte do tempo foi sobre as negociações. Depois, ele colocou a posição dele. Após dizer que pensou e resolveu por ele mesmo, o Rodrigo disse que estava desgastado e precisava resolver a vida dele. Ele reconheceu que cresceu muito no Vasco e atingiu uma posição para chegar onde chegou, mas estava na hora de encerrar o ciclo, após três anos.

MBH: Você tentou mudar a decisão dele?

RD: Não. Porque, desta vez, foi uma situação diferente da do ano passado, quando ele tinha uma proposta (do Fluminense). Naquele momento, a discussão foi sobre a proposta, nós entramos num acordo e ele ficou. A situação de hoje não foi essa e não teve aquela coisa de ‘fica, pelo amor de Deus’. Ele é profissional e vai seguir o caminho dele.

MBH: Quem acompanha o dia a dia do Vasco percebe que o Rodrigo Caetano é uma pessoa muito metódica, aquela chamada ‘caxias’. Também vê assim?

RD: Vejo. E o próprio Rodrigo Caetano também enxerga assim. Ele se cobra muito, fala... Esse é o perfil dele, e por isso esse nível de estresse.

MBH: Qual é o lado bom disso? E o lado ruim?

RD: Ele é um bom profissional, que mostrou competência e disse que para ele seria bom sair. E o Vasco não tem que pedir ‘fica, pelo amor de Deus’. Ele se projetou no mercado nacional, aproveitou essa oportunidade e correspondeu à altura. O Vasco passou para ele, eu vou passar, outras pessoas também vão e o Vasco vai continuar.

MBH: Da sua parte, fica alguma mágoa nessa saída?

RD: Não tem isso. A pessoa foi clara. Foi bom para ele, mas o ciclo dele acabou, e eu vou seguir a minha vida. O Vasco continua, e agora eu vou sentar com a comissão técnica para conversar sobre o futuro.

MBH: Quem perde mais?

RD: É complicado dizer. Ele fez um bom trabalho. Foi bom para o Vasco e para ele. O Rodrigo apareceu para o mercado. Foi uma via de mão dupla. Ele é competente, e foi uma decisão do Rodrigo. A saída dele foi ruim, mas também não é o fim do mundo.

Fonte: O Dia Online
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