O Vasco aguarda até esta quinta-feira a resposta da PM para o pedido de transferência da partida contra o Botafogo do Engenhão para São Januário. Faltam dez dias para a realização do jogo, prazo limite para que haja mudança no local. Para o presidente Roberto Dinamite, não há motivos para a PM dizer que não tem condições de garantir a segurança do local.
O Vasco está apenas procurando o seu direito. Se a polícia disser que o jogo pode ser disputado lá, ótimo. Se disser que não, vou querer que expliquem o porquê.
Até a torcida tentou ajudar. Um grupo de vascaínos criou o movimento \"Clássicos em São Januário\" e enviou ao Secretário Estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, uma carta pedindo que os jogos contra Botafogo e Flamengo sejam realizados no campo do Vasco.
As ruas do Engenhão são tão estreitas quanto as de São Januário. E os dois estádios não ficam a mais de 20km de distância um do outro. Então, se podem garantir a segurança em um lugar também podem no outro explicou o dirigente.
Diante da ausência do Maracanã, os quatro clubes fizeram um acordo verbal no início do campeonato para que todos os clássicos fossem disputados no Engenhão. Mas, com as quatro equipes brigando pela ponta da tabela nesta reta final, o discurso mudou.
Isso de acordo não existe. É preciso entender que, com todos disputando o título, os interesses mudam.
Outro acordo que preocupa o dirigente é o que diz respeito à divisão dos ingressos em 50% para cada torcida, a exemplo do que ocorreu no clássico do primeiro turno.
O Estatuto (do Torcedor) prevê que 10% dos ingressos sejam para a torcida adversária. Não existe um acordo (sobre a divisão em 50%), mas há um bom relacionamento entre os dois clubes. Se a PM der o OK, vou conversar com o Maurício sobre isso disse Dinamite, que deixou escapar uma frustração por não poder contar com os vascaínos em maioria no estádio: O Vasco poderia vender 24 mil ingressos que lotaria com sua torcida. Se colocasse à venda 30 mil, 40 mil, também lotaria.