O turbilhão político que transformou São Januário em um verdadeiro caldeirão terá mais capítulos nos próximos dias. Ontem, o presidente Roberto Dinamite se reuniu com os principais vices para saber que caminho vai trilhar para se defender e se livrar das acusações. Mais cedo, Nelson Rocha, vice de finanças, que também está envolvido nas gravações apresentadas por Luso Soares da Costa, vice-geral do clube, já havia antecipado a possibilidade de processar os acusadores.
Dinamite lamentou o clima e afirmou estar ciente de que todos os acontecimentos têm conotação política. A possibilidade de impeachment não o preocupa, e o grande desejo no momento é limpar seu nome sem manchar a instituição Vasco. Nem mesmo as gravações comprometedoras o assustam.
O presidente fica com a cara na frente de tudo e, por isso, quero deixar tudo claro. Eu não devo nada a ninguém em minha vida. Não sei se é caso de processo, vou analisar com calma, mas, para falar qualquer coisa de mim, é necessário ter provas, afirmou Dinamite. O presidente admitiu que o clima entre ele e o vice-geral não está nada bom: Ele segue no seu cargo, mas vamos ver como vai ficar. A situação é muito chata e quero mostrar o que penso, disse Dinamite.
Ele não quis comentar o trecho da gravação em que é aconselhado por Nelson Rocha a assinar contrato com a BWA sem ler o conteúdo. O vice de finanças justificou que esse procedimento é normal. É claro que houve orientação minha, do jurídico. É assim que se processa num clube democrático. Um presidente sozinho não pode decidir tudo. Mudamos porque as condições eram vantajosas para o clube. As pessoas criticam sem saber de nada, afirmou Nelson Rocha em entrevista à Rádio Brasil.