No dia seguinte à derrota na estreia pelo Campeonato Brasileiro, por 2 a 1, de virada, para o Vasco, em São Januário, o diretor de futebol do Atlético-MG, Alexandre Gallo, aproveitou a estadia da delegação no Rio de Janeiro para ir à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) protestar contra a arbitragem na partida. Para Gallo, o árbitro André Luiz de Freitas Castro teve desempenho muito ruim.
- Vim protocolar nossa indignação. É lógico que respeitamos muito o Coronel Marinho (presidente da comissão de arbitragem da CBF), sei do trabalho dele, do Sérgio Corrêa (chefe do departamento de arbitragem), pessoas que ajudam o futebol. Nosso intuito aqui é colaborar, fazer com que a arbitragem tenha crescimento. Agora não podemos aceitar o que aconteceu ontem (domingo), principalmente alguns lances que as pessoas não levam como capitais, mas que nos incomodaram bastante. Por exemplo, a expulsão que não aconteceu do jogador do Vasco em uma entrada no Luan - disse Alexandre Gallo à Rádio Itatiaia.
O lance citado aconteceu aos 18 minutos do primeiro tempo, quando o Atlético-MG vencia por 1 a 0. Evander, do Vasco, entrou muito forte, por cima, com a sola da chuteira, em uma dividida com Luan, que ficou caído no gramado. O árbitro nem falta marcou. Depois, paralisou o jogo para atendimento médico ao atacante do Galo e não deu cartão para o atleta do Vasco.
- Um lance tão claro, na frente do árbitro, a três metros do bandeira, e o atleta do Vasco não foi expulso, entrou por cima da bola de uma maneira extremamente desleal. Ele entrou para machucar nosso atleta.
O gol da virada do Vasco, aos 53 minutos da etapa final, também foi questionado, pois o pênalti marcado a favor dos visitantes foi muito duvidoso. Porém, a condução do jogo foi o ponto mais atacado pela diretoria do Atlético-MG.
- Nós não temos dúvida, porém, é um lance que pode até gerar uma situação de dúvida, mas a condução do jogo não foi da maneira que nós pensávamos. O segundo tempo, já com 1 a 1, uma falta no Victor escandalosa, a falta de diálogo com nossos atletas, esse diálogo tem que ser curto, mas desse lance específico incomodou a todos. Esse tipo de ação trazia o time do Vasco, sua torcida para cima da gente de uma maneira que a gente entendeu que não era boa. Não queremos de maneira alguma tirar o peso dessa derrota, nem jogar para a arbitragem. Na verdade, queremos pontuar situações que não foram positivas e que a gente entende que, para o futebol, é importante.
Após o jogo, o técnico Thiago Larghi já havia reclamado da arbitragem. Já o presidente Sérgio Sette Câmara foi às redes sociais criticar a falta de competência do time contra o Vasco.