Se o futebol ainda sonha com dias melhores, o Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo tem motivos para comemorar. Em meio a uma maratona de jogos, o departamento conta hoje com apenas um atleta: Éder Luís. Mas a notícia é boa apenas para os médicos, já que o atleta atravessa um drama particular.
Nos últimos 18 meses, Éder soma só 59 minutos em campo (nos jogos contra Grêmio e São Paulo). A cirurgia realizada em 2014 (implante de menisco no joelho direito) não saiu exatamente como o planejado, e ele tem passado mais tempo fora do que dentro do gramado.
— Ele chegou com muita debilidade. Em nosso acompanhamento, detectamos que a massa muscular caiu muito repentinamente. E o joelho, por causa dessa nova condição, demanda muito mais massa. Atualmente, ele faz um trabalho intensivo de ganho para que possa voltar à prática do esporte de alto rendimento — explicou o vice médico do clube, Egas Manoel Batista.
Dentro da diretoria, existe o temor de que o atleta não volte mais a jogar nas condições ideais e tenha que encerrar a carreira prematuramente (tem apenas 30 anos). Os médicos do clube garantem que essa possibilidade não existe.
— Esse risco não é verdadeiro. Ele voltou a jogar e, nos exames, vimos a necessidade de mais trabalho específico. Até hoje ele tem alcançado o que se espera, e, embora a gente não trabalhe com prazos, julgamos que em mais dois meses atingirá a massa muscular necessária e será entregue ao futebol — afirmou o vice médico.