Em entrevista ao Esporte News Mundo, Marcelo Borges, candidato a presidente do Vasco para o próximo triênio, prometeu fazer com que os sócios tenham livre acesso ao contrato com a 777 Partners. A empresa comprou 70% do futebol do Vasco por R$ 700 mi em agosto do ano passado, mas os detalhes da negociação ficaram em sigilo.
O representante da chapa Vasco da Gente concorre para ser o primeiro presidente da era SAF no Vasco e, ainda que as eleições sejam em novembro, revelou alguns de seus planos caso seja eleito.
– Eu me comprometo, assim como eu já falei em várias entrevistas, abrir o contrato da SAF para todos os sócios estatutários do clube. É muito claro que se deva ter cláusula de confidencialidade, e óbvio que deve ter, mas isso deve se tratar em imprensa. Se tratando de sócio proprietário, sócio do Club de Regatas Vasco da Gama, não pode ter essa confidencialidade. É o responsável pela informação, ele tem que ter acesso e ter o contrato da SAF consigo. É o direito de todo sócio. Então, com certeza eu tenho um compromisso com o nosso jurídico: brigar para que todos os sócios estatutários tenham acesso ao contrato da SAF. Isso não vai ficar sem transparência para os sócios do Club de Regatas Vasco da Gama.
Vale lembrar que em março deste ano, em pedido da Comissão de Credores no Regime Centralizado de Execuções (RCE), a Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro determinou que o Vasco apresentasse documentos como contratos relacionados a venda das ações da SAF para a 777 Partners, mas o clube alegou que não poderia apresentá-los devido a confidencialidade. Na época, o juiz permitiu que os documentos fossem enviados com algumas informações cobertas.
De forma voluntária, Borges foi diretor de patrimônio do Vasco entre 2018 e 2020 — época em que Alexandre Campello presidiu o clube. Ele é formado em Administração de Empresas, especializado em processos corporativos e empresário no segmento de tecnologia da informação.