Em meio à boa fase do Vasco, com a contratação de Anderson Martins para a zaga e o desabrochar do atacante Paulinho, Nenê destoa do cenário. Com menos ambiente em São Januário a cada dia, o camisa 10 atravessa situação difícil no clube onde já foi ídolo.
Depois de pedir para deixar o Vasco e dizer à diretoria que traria uma proposta por ele até sábado, o meia caiu em descrédito ao não apresentar nada ao presidente Eurico Miranda no prazo estipulado. Gilvan Costa, seu empresário, ainda tem esperança de conseguir um interessado na sua contratação essa semana.
O técnico Milton Mendes já mostrou nas entrelinhas que não conta mais com o meia depois que ele, semana passada, pediu para ficar fora da partida contra o São Paulo. Internamente, alguns jogadores não gostaram da atitude do meia. Publicamente, se recusam a comentar o assunto, como aconteceu no desembarque do Vasco no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na última segunda-feira.
Nenê deseja deixar o Vasco, mas não quer perder dinheiro - seu contrato com o time da Colina, com duração até dezembro de 2018, renderia a ele mais R$ 6 milhões, aproximadamente. Para a diretoria carioca, a saída do jogador é certa, a partir do momento em que o clube não precise arcar com mais nada referente ao atual compromisso.
Caso Nenê não consiga um novo time para defender, terá de optar: ou abre mão do dinheiro a que tem direito no contrato para deixar o Vasco, ou segue no clube, com poucas perspectivas de ser aproveitado e mal visto por torcedores e diretoria.