Os desfalques eram muitos — 11, ao todo, pelo menos quatro deles titulares. O time desfigurado, porém, não pode servir de desculpa para mais uma goleada sofrida pelo Vasco, a quinta em uma temporada que não chegou à metade. Ontem, na Fonte Nova, o algoz voltou a ser o Bahia, que repetiu, no Campeonato Brasileiro, o placar do jogo de ida pela Copa do Brasil, há menos de 20 dias: 3 a 0.
Os problemas para escalar a equipe levaram Zé Ricardo a inovar. Mas não deu liga, a começar pela zaga, que bateu cabeça com dois canhotos (Erazo e Ricardo Graça). Invertido da ala direita para a esquerda, Yago Pikachu também rendeu menos. Por fim, o comando de ataque com o inoperante Caio Monteiro mostrou-se outra aposta equivocada, apesar das ausências de Riascos e Rios.
Mesmo assim, o primeiro tempo foi equilibrado, ainda que nivelado por baixo. Na volta do intervalo, porém, a entrada de Régis trouxe o Bahia à frente e escancarou as deficiências cruz-maltinas.
Aos 21 minutos, o lateral João Pedro deu lindo drible em Fabrício e cruzou para Élber abrir o placar. Daí em diante, só deu Bahia, em um quadro que se agravou com a expulsão de Desábato aos 38. Quatro minutos depois, Zé Rafael ampliou. Nos acréscimos, foi a vez de Allione — totalmente livre — servir Régis, que só empurrou para a rede.
— Até o primeiro gol, estávamos bem dentro das nossas possibilidades. Após o gol, e com a expulsão, ficou difícil. Mas entendemos que o placar foi elástico demais para o que foi o jogo — disse Zé Ricardo.
As estatísticas, contudo, não corroboram a visão do técnico. Foram 14 finalizações do Bahia, sendo seis no alvo. Já o Vasco concluiu a gol seis vezes, uma única na direção certa. Muito pouco para qualquer time, desfigurado ou não.