A conduta do presidente do Vasco, Eurico Miranda, não chega a ser uma novidade. Em semana decisiva, o mandatário fecha o clube para a imprensa e evita clima de oba-oba. O modo de operação definido para a finalíssima do Campeonato Carioca, contra o Botafogo, no entanto, é ainda mais rígido. Para se ter uma ideia, até mesmo atletas de outras modalidades do Cruzmaltino foram impedidos de circular próximo ao campo de São Januário.
Pode-se dizer que o clube funciona essa semana basicamente em torno do futebol. Atletas de outras modalidades tiveram que mudar a rotina. Entram por um portão próximo aonde treinarão e depois deixam o clube. Não está sendo permitido perambular por São Januário.
Até mesmo diretores de outras modalidades sofreram com a medida de Eurico Miranda. Houve, por exemplo, o cancelamento de uma reunião que ocorreria na última terça-feira. Por conta da concentração na final, o encontro foi adiado para a próxima semana, quando já terá acabado o Campeonato Carioca.
Fora jogadores e comissão técnica, somente uma pessoa foi vista no gramado de São Januário na última quarta-feira. E foi justamente Eurico Miranda. Quando a atividade já estava acontecendo, o presidente apareceu no campo e acompanhou a reta final da atividade.
"A ansiedade é uma coisa normal, querer que chegue logo, quando você vai deitar fica pensando e querendo que fosse sábado. É algo que temos que controlar. Estamos podendo fazer uma semana forte de trabalho para ter as melhores condições", disse o ansioso Nenê.
A prática também aconteceu no Campeonato Brasileiro, quando o Vasco lutava contra o terceiro rebaixamento em oito anos. O Cruzmaltino teve grande desempenho, mas não foi o suficiente para evitar a queda.
Para assegurar o título do Campeonato Carioca, o Vasco precisa de apenas um empate no segundo jogo da final, já que venceu por 1 a 0 no último domingo. Em caso de derrota simples, o campeão sairá após disputa de pênaltis. Com revés de dois gols de diferença, o Botafogo reverte a vantagem e fica com a taça.